162 - Infeções do trato urinário Flashcards Preview

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Flashcards in 162 - Infeções do trato urinário Deck (153)
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1
Q

A cistite/pielonefrite aguda define-se como não complicada em que situações?

A
  • Mulher não grávida
  • Ambulatório
  • Sem anomalias anatómicas
  • Sem instrumentação do TU
2
Q

ITU recorrente não é necessariamente complicada. V ou F?

A

Verdadeiro.

3
Q

Dos 0-1 anos as ITU são + frequentes _______ (homens/mulheres); dos 1-50 anos _______ (homens/mulheres), e após os 50 anos a incidência é QUASE igual nos homens e nas mulheres.

A

Dos 0-1 anos as ITU são + frequentes nos homens (têm + anomalias congénitas); dos 1 aos 50 anos nas mulheres e após os 50 anos a incidência aumenta nos homens devido a hipertrofia prostática, chegando QUASE ao mesmo nº de mulheres.

4
Q

A BUA tem uma incidência de ___% nas mulheres entre 20-40 anos, e uma incidência de __-__% nas mulheres e homens idosos.

A

A BUA tem uma incidência de 5% nas mulheres entre 20-40 anos, e uma incidência de 40-50% em mulheres e homens idosos.

5
Q

Até ___-___% das mulheres têm pelo menos 1 ITU na vida.

A

50-80%.

6
Q

Quais os factores de risco independentes para cistite aguda?

A
  • Uso de diafragma com espermicida
  • Relações sexuais frequentes
  • História de ITU
7
Q

Quais os factores de risco independentes para pielonefrite aguda?

A

1. Relações sexuais frequentes

  1. Novo parceiro sexual
  2. ITU nos últimos 12 meses
  3. Hx materna de ITU
  4. Diabetes
  5. Incontinência
8
Q

Quais os principais factores de risco para ITU na mulher pós-menopausa?

A
  1. Actividade sexual
  2. Diabetes
  3. Incontinência
9
Q

Quais os factores de risco para ITU no homem?

A
  1. Anomalia anatómica ou funcional do TU (sobretudo HBP);

2. Ausência de circuncisão.

10
Q

___-___% das mulheres que tiveram 1 ITU terão episódios recorrentes?

A

20-30%.

11
Q

A probabilidade de recorrência diminui com o passar do tempo desde a última infeção. V ou F?

A

Verdadeiro.

12
Q

Quais são os 2 factores de risco consistentemente associados a ITU recorrente na mulher pré-menopausa?

A
  1. Uso de espermicida
  2. Relações sexuais frequentes

Outros factores:

  1. Novo parceiro sexual
  2. 1ª ITU antes dos 15 anos
  3. Hx materna de ITU
13
Q

Quais os factores de risco major associados a ITU recorrente na mulher pós-menopausa?

A
  1. Hx de ITU na pré-menopausa

2. Factores anatómicos que afectam esvaziamento vesical

14
Q

Na mulher grávida, quais as possíveis consequências clinicas da BUA?

A
  • Parto pré-termo;
  • Mortalidade perinatal;
  • Pielonefrite materna
15
Q

Na mulher grávida é necessário rastreio de BUA e respetivo tratamento. V ou F?

A

Verdadeiro. Estas medidas diminuem em 75% o risco de pielonefrite.

16
Q

A mulher diabética tem __-__ vezes maior taxa de ITU e BUA.

A

2-3x.

Não existe evidência suficiente em relação aos homens

17
Q

Os uropatogéneos que causam ITU são geralmente bacilos entéricos Gram negativos. V ou F?

A

Verdadeiro.

18
Q

Quais os agentes etiológicos mais frequentes de cistite aguda não complicada?

A
  • E. coli (75-90%)
  • Staphylococcus saprophyticus (5-15%)
  • Klebsiella, Proteus, Enterococcus (5-10%)
19
Q

Qual o agente etiológico mais frequente na pielonefrite não complicada e ITU complicada?

A

E. coli

20
Q

Quais são as possíveis vias de infeção do trato urinário

A
  • Ascensão de microorganismos pela uretra até à bexiga (a maioria);
  • Disseminação hematogénea (menos de 2% das ITU).
21
Q

A disseminação hematogénea é responsável por menos de 2% das ITUs documentadas e geralmente os microorganismos são menos virulentos. V ou F?

A

Falso.

São mais virulentos (Salmonella e S. aureus)

22
Q

Na pós-menopausa os lactobacilos vaginais são substituídos por colonização gram negativa. Como tal os estrogénios orais devem ser usados como prevenção da ITU. V ou F?

A

Falso.

Estrogénios orais NÃO devem ser usados para prevenção de ITU.

23
Q

Individuos com estase urinária/obstrução normalmente têm infeções com estirpes de E. coli com factores de virulência típicos. V ou F?

A

Falso.

Individuos com estase urinária/obstrução normalmente têm infeções com estirpes de E. coli SEM factores de virulência típicos.

24
Q

A predisposição familiar está bem documentada na ITU. V ou F?

A

Verdadeiro.

A base genética individual do hospedeiro influencia a susceptibilidade do individuo à ITU recorrente, pelo menos nas mulheres

25
Q

Espécies de E. coli que causam ITU sintomática invasiva em hospedeiros normais, frequentemente têm e expressam factores de virulência genéticos. Que factores são estes?

A

Adesinas:
- Fimbrias P (importantes na patogénese da pielonefrite e invasão hematogénea subsequente);

  • Fimbrias/Pili tipo 1 (papel chave no início da infecção da bexiga pela E. coli).
26
Q

Sinais e sintomas sistémicos (febre, leucocitose, alteração do estado mental) na presença de urocultura positiva definem ITU sintomática. V ou F?

A

Falso.

Não definem ITU sintomática, a não ser que outras etiologia potenciais tenham sido consideradas.

27
Q

Na ITU, a dor unilateral lombar ou no flanco indica envolvimento do TU superior, e a febre indica infeção invasiva do rim ou próstata. V ou F?

A

Verdadeiro.

28
Q

Na pielonefrite, a bacteriémia desenvolve-se em ___-___% dos casos.

A

20-30%.

29
Q

Qual a principal caracteristica que distingue pielonefrite de cistite?

A

Febre - tipicamente com um padrão “picket-fence” e resolve em 72h com tratamento.

30
Q

A necrose papilar está presente em algumas causas de pielonefrite complicada por que situações?

A
  1. Diabéticos com uropatia obstrutiva
  2. Pielonefrite complicada por obstrução
  3. Anemia falciforme
  4. Nefropatia analgésica
  5. Ou a combinação destas condições
31
Q

A pielonefrite enfisematosa é uma forma particularmente grave, associada à produção de gás, que ocorre quase exclusivamente em que indivíduos?

A

Diabéticos

32
Q

Por que se carateriza a pielonefrite xantogranulomatosa?

A
  • Obstrução urinária crónica (sobretudo cálculos coraliformes) + infeção crónica
33
Q

A prostatite pode ser infeciosa (sobretudo bacteriana) e não infeciosa (síndrome da dor pélvica crónica). Qual a forma mais frequente?

A

Prostatite não infeciosa (síndrome da dor pélvica crónica).

34
Q

Em homens com cistite recorrente é importante pesquisar foco prostático. V ou F?

A

Verdadeiro.

35
Q

A história clínica tem um baixo valor preditivo na cistite não complicada. V ou F?

A

Falso.

Tem um ALTO valor preditivo.

36
Q

Relativamente à probabilidade de uma mulher ter ITU:

  • pelo menos 1 sintoma ITU sem FR para ITU: ___%;
  • disúria + polaquiúria: ___%.
A

Relativamente à probabilidade de uma mulher ter ITU:

  • pelo menos 1 sintoma ITU sem FR para ITU: 50%;
  • disúria + polaquiúria: 96%.
37
Q

1 sintoma ITU + dipstick positivo (nitritos positivos e/ou esterease leucocitária positiva): __% probabilidade ITU.

A

80%. Permite que seja considerado iniciar tratamento empírico sem mais nenhum exame.

38
Q

Quais são as únicas bactérias que convertem nitratos a nitritos, de modo a que possam ser detectados pelo dipstick?

A

Enterobactereáceas.

É preciso acumulação suficiente de nitritos para limiar de detecção (teste +). Desta forma, numa mulher com cistite a ingerir muitos líquidos e a urinar de forma frequente poderá ter menos probabilidade de ter um teste positivo, mesmo com uma E. coli

39
Q

Dipstick positivo (nitritos positivos e/ou esterease leucocitária positiva) confirma diagnóstico de cistite não complicada em doente com baixa probabilidade pré-teste. V ou F?

A

Falso.

Confirma diagnóstico de cistite não complicada em doente com ALTA probabilidade pré-teste.

40
Q

Dipstick negativo na grávida é suficiente para excluir bacteriúria. V ou F?

A

Falso.

Dipstick negativo na grávida NÃO é suficientemente sensível para excluir bacteriúria.

41
Q

Dipstick no homem é altamente sensível. V ou F?

A

Falso.

É altamente ESPECÍFICO.

42
Q

Dipstick em doente em lar não algaliado é altamente sensível. V ou F?

A

Verdadeiro.

43
Q

A piúria encontra-se presente em quase todos os casos de cistite. V ou F?

A

Verdadeiro.

44
Q

A hematúria está presente em ___% dos casos de cistite.

A

30%.

45
Q

O exame automatizado da urina deve sempre prevalecer sobre os sintomas e apresentação clínica. V ou F?

A

Falso.

Os sintomas e a apresentação clínica devem prevalecer sobre um resultado incongruente de exame automatizado de urina.

46
Q

Qual o gold standard para o diagnóstico de ITU?

A

Urocultura

47
Q

Relativamente à urocultura para diagnóstico de ITU, qual o limiar de bactérias/mL adequado na mulher e no homem?

A
  • Mulher: 10^2 bactérias/mL;

- Homem: 10^3 bactérias/mL.

48
Q

A cistite não complicada em mulheres pode ser tratada com base apenas na história. V ou F?

A

Verdadeiro.

49
Q

Se os sintomas não são específicos ou é impossível colher história fiável, um resultado negativo no dipstick exclui o diagnóstico de ITU. V ou F?

A

Falso.

NÃO exclui! Urocultura, acompanhamento clínico cuidadoso e possivelmente uma examinação pélvica são recomendadas.

50
Q

A urocultura é fortemente recomendada quando um homem tem sintomas de ITU. V ou F?

A

Verdadeiro.

Permite distinguir prostatite bacteriana de não bacteriana, modificando como tal a abordagem terapêutica.

51
Q

Homens com ITU febril frequentemente têm uma próstata e vesículas seminais aumentadas na ecografia, contudo um nível baixo de PSA sérico. V ou F?

A

Falso.

PSA sérico ELEVADO.

52
Q

Relativamente à urocultura para diagnóstico de BUA, qual o limiar de bactérias/mL adequado?

A

10^5 excepto na doença associada a catéter (10^2/10^3).

53
Q

É necessário fazer rastreio e tratamento de BUA em que situações?

A
  1. Grávida;
  2. Doente que vai ser submetido a procedimento urológico invasivo;
  3. Transplantado renal
  4. Doente neutropénico

Em todos os outros doentes, não é necessária investigação nem tratamento.

54
Q

Que sinais e sintomas são preditivos de distúrbios corrigireis cirurgicamente?

A
  1. Sintomas retenção urinária
  2. Recidiva precoce ITU
  3. Hematúria
  4. Dificuldades micção
55
Q

Qual o tipo de sequência predominante associada ao E. coli causadora de ITU-multiresistentes?

A

E. Coli ST131.

56
Q

Qual o agente de 1ª linha para cistite aguda não complicada nas mulheres?

A

Não existe um agente de 1ª linha.

Existem sim vários esquemas AB eficazes:

  • 1ª linha: TMP-SMX ou Nitrofurantoína;
  • 2ª linha: Fluoroquinolonas ou B-lactâmicos.
57
Q

No tratamento da cistite não complicada, o TMP-SMX deve ser feito durante ___ dias e é apropriado onde as resistências são inferiores a ___%.

A

No tratamento da cistite não complicada, o TMP-SMX deve ser feito durante 3 dias e é apropriado onde as resistências são inferiores a 20%.

58
Q

No tratamento da cistite não complicada, a nitrofurantoína deve ser feita durante __-__ dias, tendo igual eficácia ao TMP-SMX.

A

5-7.

59
Q

A nitrofurantoína é eficaz na pielonefrite. V ou F?

A

Falso.

Não é eficaz na pielonefrite pois não atinge níveis significativos nos tecidos.

60
Q

A maioria fluoroquinolonas são altamente eficazes no tratamento da cistite não complicada como esquema curto. V ou F?

A

V
Frequentemente utilizadas: Cipro, Ofloxacina, Levo
EXCEPÇÃO: Moxifloxacina - não atinge niveis urinários adequados

61
Q

Os B-lactâmicos são pouco eficazes comparativamente a TMP-SMX ou fluoroquinolonas. V ou F?

A

Verdadeiro. Excepto pivmecillinam.

A explicação globalmente aceite é que NÃO conseguem erradicar uropatogeneos do reservatório vaginal.

62
Q

Qual a 1ª linha no tratamento da pielonefrite não complicada e qual a duração do tratamento?

A

Fluoroquinolonas (ciprofloxacina) por via oral ou parentérica, durante 7 dias.

Também pode ser feito TMP-SMX oral durante 14 dias ou B-lactâmicos (elevadas taxas de resistência da E. coli)

63
Q

Qual a 1ª linha na ITU assintomática ou sintomática na mulher grávida?

A

Ampicilina ou Cefalosporinas

64
Q

No tratamento da ITU não complicada em homens deve ser feita fluoroquinolona ou TMP-SMX durante 3-5 dias. V ou F?

A

Falso.

No tratamento da ITU não complicada em homens deve ser feita fluoroquinolona ou TMP-SMX durante 7-14 dias.

65
Q

Se suspeita de prostatite bacteriana aguda devem ser pedidas uroculturas e hemoculturas antes de iniciar AB. V ou F?

A

Verdadeiro. Fazer AB conforme urocultura durante 2-4 semanas.

66
Q

Se prostatite bacteriana crónica documentada deve ser feito AB durante __-__ semanas e se recorrências (não incomuns) durante __ semanas.

A

Se prostatite bacteriana crónica documentada deve ser feito AB durante 4-6 semanas e se recorrências (não incomuns) durante 12 semanas.

67
Q

Na ITU complicada a terapêutica AB deve ser orientada pela hemocultura. V ou F?

A

Falso.

Deve ser orientada pela urocultura.

68
Q

Qual o tratamento da pielonefrite enfisematosa?

A

Drenagem percutanea seguida de nefrectomia se necessário.

69
Q

Qual o tratamento da pielonefrite xantogranulomatosa?

A

Nefrectomia.

70
Q

O tratamento da BUA não diminui a frequência de infeções sintomáticas ou complicações. V ou F?

A

Verdadeiro.

71
Q

A utilização de cateter implica que a bacteriúria seja inevitável com o seu uso a longo prazo. V ou F?

A

Verdadeiro.

72
Q

Os sinais e sintomas típicos de ITU têm maior valor preditivo para o diagnóstico de infeção em doentes cateterizados. V ou F?

A

Falso.

Têm MENOR valor preditivo.

73
Q

A presença de bactérias na urina de um doente febril e cateterizado não prediz necessariamente ITU-AC. V ou F?

A

Verdadeiro.

74
Q

O catéter deve ou não ser mudado durante o tratamento da ITU-AC?

A

Sim, o catéter deve ser mudado.

75
Q

Na ITU associada a catéter é recomendada antibioterapia durante ___-___ dias.

A

7-14 dias.

76
Q

A cateterização vesical intermitente pode ser preferível à interna de longo prazo em certas populações como por exemplo em pessoas com __________?

A

Lesões da medula espinhal.

77
Q

A candidúria é uma complicação da cateterização cada vez mais comum. V ou F?

A

Verdadeiro.

78
Q

Menos de 10% das candidas isoladas na urina são espécies não-albicans. V ou F?

A

Falso.

MAIS de 50% das candidas isoladas na urina são espécies não-albicans.

79
Q

A remoção do catéter em indivíduos assintomáticos resulta na resolução da candidúria em 1/3 dos casos assintomáticos. V ou F?

A

Verdadeiro.

80
Q

Qual o limiar de ITU/ano para considerar prevenção na mulher?

A

Pelo menos 2 ITU/ano (considerar interferência no estilo de vida).

81
Q

Qual a duração da profilaxia na ITU recorrente em mulheres?

A

6 meses; se recidiva repetir profilaxia com maior duração.

82
Q

A cistite é um factor de risco para pielonefrite mas não para cistite recorrente. V ou F?

A

Falso.

A cistite é um factor de risco para pielonefrite e para cistite recorrente.

83
Q

Na ausência de anomalias anatómicas, a infeção recorrente em crianças e adultos não leva a pielonefrite crónica ou insuficiência renal. V ou F?

A

Verdadeiro.

84
Q

Em doentes com lesão da medula espinhal, o uso de cauterização vesicular interna de longa duração é factor de risco bem documentado para cancro da próstata. V ou F?

A

Falso.

Para cancro da BEXIGA.

85
Q

A bacteriuria assintomática geralmente requer tratamento. V/F?

A

Falso.

Não requer

86
Q

A cistite relaciona-se temporalmente com a relação sexual e de uma forma dose-resposta. V/F?

A

V

87
Q

Os unicos factores de risco comportamentais consistentemente documentados para ITU recorrente incluem relações sexuais frequentes e uso de espermicida. V/F?

A

V

88
Q

A maioria dos homens com ITU tem uma anomalia anatómica ou funcionao do tracto urinário, mais comummente obstrução urinária secundária a hipertrofia prostática. V/F?

A

V

89
Q

Existe evidência suficiente para afirmar que a diabetes confere maior risco de BUA e ITU em homens. V/F?

A

Falso.

Não existe evidência suficiente

90
Q

O isolamento de staphylococcus saprophyticus é particularmente frequente em _______

A

Mulheres jovens (5-15% do total)

91
Q

A introdução de bactérias na bexiga leva inevitavelmente a infeção sustentada e sintomática. V/F?

A

Falso

NÃO leva

92
Q

O isolamento de Salmonella num doente sem catéter ou outro tipo de instrumentação deve obrigar a uma investigação em busca de uma fonte na corrente sanguínea. V/F?

A

V

93
Q

A patogénese da candiduria distingue-se pelo facto da via hematogénea ser pouco comum. V/F?

A

Falso.

Comum

94
Q

A presença de Candida na urina de um doente imunocompetente não instrumentado implica contaminação genital ou disseminação visceral potencialmente generalizada. V/F?

A

V

95
Q

O nonoxinol-9 presente nos espermicidas é toxico para a microflora vaginal normal, estando associada a risco aumentado de colonização vaginal. V/F?

A

V

96
Q

Nas mulheres pós-menopausa, a predominância de lactobacilos vaginais é substituída por ________

A

Gram-negativos colonizantes

97
Q

Os estrogénios orais podem ser usados na prevenção da ITU. V/F?

A

Falso

NÃO devem ser usados

98
Q

A ________________ e o ________________ levam ao refluxo vesico-ureteral, sendo importantes na patogénse da pielonefrite nas grávidas

A
  • Inibição da peristalse ureteral

- Tónus ureteral diminuído

99
Q

As células epiteliais de mulheres que são não-secretoras de determinados grupos antigénicos sanguineos podem possuir tipos especificos de receptores aos quais o E. coli se liga, facilitando a colonização e invasão. V/F?

A

V

NÃO-secretoras

100
Q

Polimorfismos no receptor especifico da IL-8 - CXCR1 - estão associados a susceptibilidade aumentada para pielonefrite. V/F?

A

V

Um baixo nivel de expressão do CXCR1 prejudica a defesa do hospedeiro dependente de neutrófilos contra a invasão bacteriana

101
Q

Todas as estirpes de E. coli contêm e expressam a adesina pilus tipo 1. V/F?

A

Falso

TODAS contêm, NEM TODAS expressam

102
Q

As infeções que causam prostatite são quase sempre de natureza viral. V/F?

A

Falso

BACTERIANA

103
Q

Febre e arrepios estão habitualmente ausentes na prostatite bacteriana aguda. V/F?

A

Falso

  • habitualmente PRESENTES
  • Sintomas de obstrução à saíde vesical são comuns
104
Q

Qual o DDx diferencial em mulheres com disúria?

A
  • Cervicite (C. trachomatis, Neisseria gonorrhoeae)
  • Vaginite (C. albicans; Trichomonas vaginalis)
  • Uretrite herpética
  • Cistite intersticial
  • Irritação vaginal ou vulvar não infecciosa
105
Q

Na maioria dos casos, uma cultura que demonstra especies bacterianas mistas está contaminada excepto?

A
  • Cateterização de longa duração
  • Retenção urinária crónica
  • Fístula entre o tracto urinário e o tracto GI ou genital
106
Q

A fosfomicina e o pivmecillinam são escolhas de primeira linha dado que retêm actividade contra a maioria dos uropatogeneos que produzem B lactamases. V/F?

A

V

Têm efeitos secundários mínimos

107
Q

Quais os agentes intrinsecamente resistentes à nitrofurantoína?

A
  • Proteus
  • Pseudomonas
  • Serratia
  • Enterobacter
  • Leveduras
108
Q

A nitrofurantoína permanece altamente activa contra o E. coli e a maioria dos isolados não E. coli. V/F?

A

V

109
Q

Esquemas de 3 dias de nitrofurantoína estão recomendados para a cistite aguda. V/F?

A

Falso.

Não estão recomendados.

110
Q

A maioria dos especialistas recomendam a restrição das fluoroquinolonas para situações específicas na cistite não complicada. V/F?

A

V

111
Q

O uso de macróbios em adultos com mais de 60 anos tem sido associado a risco aumentado de ruptura do tendão de aquiles. V/F?

A

Falso.

Fluoroquinolonas

112
Q

A fenazopiridina, um analgésico do tracto urinário, é amplamente utilizado mas pode causar náuseas significativas. V/F?

A

V

113
Q

Quais os fármacos seguros no inicio da gravidez?

A
  • Nitrofurantoina
  • Ampicilina
  • Cefalosporinas
114
Q

As fluoroquinolonas devem ser evitadas no tratamento de uma ITU nas grávidas pelos efeitos adversos no desenvolvimento da cartilagem fetal. V/F?

A

V

Outro a ser evitado: Sulfonamidas

115
Q

Em mulheres grávidas com pielonefrite evidente, o tratamento standard consiste em ________ parentéricos com ou sem ________.

A

beta-lactamicos; aminoglicosideos

116
Q

A prostata está envolvida na maioria dos casos de ITU febril nos homens. V/F?

A

V

117
Q

A maioria dos casos de bacteriúria associada a catéteres são sintomáticos e exigem terapêutica antimicrobiana. V/F?

A

Falso.

A maioria dos casos de bacteriúria associada a catéteres são ASSINTOMÁTICOS e NÃO EXIGEM terapêutica antimicrobiana.

118
Q

A melhor estratégia para prevenção de ITU associada a cateter é evitar a inserção desnecessária de cateteres e remover os cateteres logo que não sejam necessários. V/F?

A

V

119
Q

O tratamento de doentes assintomátocos com candidúria parece diminuir a frequência e recorrência da candidúria. V/F?

A

Falso

NÃO PARECE

120
Q

O tratamento da candidúria é recomendados em que doentes?

A
  • Cistite Sintomática
  • Pielonefrite
  • Alto risco de doença disseminada
121
Q

A irrigação vesical com anfoteracina B geralmente é recomendada em doentes com candidúria. V/F?

A

Falso

Geralmente NÃO É RECOMENDADA

122
Q

Quais os fármacos a utilizar para o tratamento de candiduria se resistencia ao fluconazol?

A
  • Flucitosina oral e/ou Anfoteracina B IV
123
Q

Uma diabetes de longa duração e o uso de insulina são factores de risco para ITU em mulheres. V/F?

A

V

A função vesical deficiente, obstrução do fluxo urinário e a micção incompleta são outros factores associados

124
Q

A maioria dos casos de bacteriúria associada a catéteres são assintomáticos e não exigem terapêutica antimicrobiana. V/F?

A

V

125
Q

Para além da E. coli, que outros agentes são frequentemente isolados na ITU complicada?

A

Bacilos Gram- aeróbios: Klebsiella, Proteus, Citrobacter, Acinetobacter, Morganella, P . aeruginosa

Gram +: Enterococcus, Staphylococcus aureus

Leveduras

126
Q

Em algumas regiões dos EUA e Europa tem-se verificado uma taxa de resistência ao TMP-SMX e ciprofloxacina superiores a ___%

A

Em algumas regiões dos EUA e Europa tem-se verificado uma taxa de resistência ao TMP-SMX e ciprofloxacina superiores a 20%

127
Q

V ou F

A relação sexual está associada com um aumento do risco de colonização vaginal com E. coli, embora sem aumentar o risco de ITU

A

F

A relação sexual está associada com um aumento do risco de colonização vaginal com E. coli, AUMENTANDO ASSIM o risco de ITU

128
Q

Qual é o primeiro passo essencial para a patogénese da ITU na mulher?

A

Colonização do intróito vaginal e região peri-uretral com microrganismos da flora intestinal

129
Q

Nas mulheres com ITU recorrente, as células da mucosa vaginal/peri-ureteral ligam-se __x mais a bactérias uropatogénicas do que as da mucosa de mulheres sem ITU recorrente

A

Nas mulheres com ITU recorrente, as células da mucosa vaginal/peri-ureteral ligam-se 3x mais a bactérias uropatogénicas do que as da mucosa de mulheres sem ITU recorrente

130
Q

V ou F

Um diagnóstico de BUA apenas pode ser considerado quando o doente não tem sintomas locais ou sistémicos referentes ao TU

A

V

131
Q

V ou F

A hematúria é um sintoma raro da ITU

A

F

A hematúria é um sintoma FREQUENTE da ITU

132
Q

V ou F

Os sintomas de cistite encontram-se invariavelmente presentes na pielonefrite

A

F

Os sintomas de cistite podem não estar presentes na pielonefrite

133
Q

Na análise patológica de um rim com pielonefrite xantogranulomatosa, este normalmente apresenta uma coloração…

A

Amarelada pela acumulação de macrófagos ricos em lipídos

134
Q

Quando devemos suspeitar de uma pielonefrite com um abcesso intraparenquimatoso?

A

Quando um doente se apresenta com febre continua e/ou bacteriémia apesar da terapêutica antibacteriana

135
Q

V ou F

As taxas de erradicação dos patogénios são menores e as taxas de recidiva são maiores com beta lactamicos no tratamento da UTI

A

V

136
Q

Caso não seja conhecida a susceptibilidade do uropatogénio na pielonefrite e seja utilizado o TMP-SMX, deverá ser feita inicialmente uma primeira toma de…

A

Ceftriaxone

137
Q

V ou F

As combinações de beta-lactâmicos com inibidores das beta-lactamases podem ser feitas para o tratamento de pielonefrite em doentes com histórias mais complicadas, com episódios prévios de pielonefrite ou manipulação recente do tracto urinário

A

V

138
Q

V ou F

A necrose papilar com obstrução necessita de intervenção para libertar a obstrução e preservar a função renal

A

V

139
Q

V ou F

A BUA é comum nos idosos e doentes cateterizados e está associada a um aumento do risco de morte

A

F

A BUA é comum nos idosos e doentes cateterizados, MAS NÃO está associada a um aumento do risco de morte

140
Q

V ou F

A selecção de estirpes resistentes na flora fecal tem sido documentada em mulheres que tomaram AB profilaticamente durante 12 meses

A

V

141
Q

V ou F

A infecção tem um papel importante na nefrite crónica intersticial

A

F

A infecção NÃO tem um papel importante na nefrite crónica intersticial

142
Q

V/F

Outbreaks de clostridium difficille são um exemplo de danos colaterais das terapeuticas antibioticas.

A

V

143
Q

V/F

À semelhança da nitrofurantoina e fosfomicina, tambem o Trimetropim, TMP-SMX , quinolonas e ampicilina têm efeitos mínimoc na flora fecal

A

F

Nitrofurantoinaa, fosfomicina e pivmecillinam - efeitos minimos na flora fecal

Trimetropim, TMP-SMX , Quinolonas e ampicilina - afetam a flora fecal de modo MAIS SIGNIFICATIVO

144
Q

V/F

Dose unica de fosfomicina é bastante usada na EU.

A

V

145
Q

V/F

O doente ideal para administração de TPM-SMX como terapeutica é:

  • ITU nao complicada
  • sexo masculino
  • boa relação com o profissional de saude
  • capacidade de reavaliaçao rápida se necessário
A

F

Sexo FEMININO

Estes critérios sao tidos em conta devido à taxa crescente de resistencias

146
Q

V/F

A maior preocupação do uso das FQ no tratamento da cistite são os efeitos adversos.

A

F

a maior preocupação é a PROPAGAÇÃO DA RESISTÊNCIA

147
Q

V/F

Muitas das E.coli resistentes ao TMP-SMX são também resistentes à amoxicilina e cefalexina.

A

V

é por este motivo que os B-Lactamicos so devem ser usados se os microrganismos forem de facto sensiveis.

148
Q

V/F

As altas resistencia da E.coli causadoras de pielonefrite fizeram das FQ os agentes de primeira linha no tratamento desta infeção

A

V

1ª linha - FQ 7 dias

se sabemos que o bicho é sensivel ao cotrimoxazol: podemos dar durante 14 d

se nao sabemos: damos 1g de ceftriaxone + cotrimoxazole por 14d

149
Q

V/F

O risco do uso de sulfonamidas na gravidez é, no primeiro trimestre teratogenicidade e, no ultimo, Kernicterus

A

V

150
Q

V/F

O tratamento de uma ITU complicada deve ser individualizado e guiado pelos resultados da urocultura

A

V

isto porque neste grupo (ITU complicado) está um grande e heterogenio grupo de doentes. a Maioria deles já tem UC previas, o que ajuda

151
Q

V/F

O uso de alegálias impregnadas por agentes antimicrobianos como a Prata ou Nitrofurazona, mostraram beneficios na redução das ITU sintomaticas dos doentes cateterizados.

A

F

Não mostraram!!! basicamente NADA MOSTROU (usar agentes acidificantes da baxiga, lavagens da bexiga, desinfetantes topicos, …)

as unicas que mostraram foi:

  • usar cateterizaçao intermitente
  • evitar catéters desnecessários
  • quando é para tratar, tratar com 7-14d e NÃO 3
152
Q

V/F

No referente às recorrencias, o limiar de 2/ano é absoluto.

A

F

devemos ter em conta o doente (qualidade e estilo de vida). nao é absoluto o limiar 2/ano

153
Q

V/F

A bacteriuria cronica observada nos individuos ocm cateterizaçao cronica pode ser um mecanismo possivel para o aumento do cancro vesical nestes doentes.

A

V

devido à inflamaçao cronica associada