295 - Enfarte agudo do miocárdio com Supra-ST Flashcards Preview

Cardiologia > 295 - Enfarte agudo do miocárdio com Supra-ST > Flashcards

Flashcards in 295 - Enfarte agudo do miocárdio com Supra-ST Deck (214)
Loading flashcards...
1
Q

Quais os efeitos dos B-bloq intravenosos no tratamento do EAM-supraST?

A
  • Diminem a demanda de O2 –> diminuem a isquémia–> diminuem a dor. Há também evidência de que os B-bloq iv reduzem o risco de reenfarte e de FV.
2
Q

Qual a dose de aspirina a utilizar inicialmente no SU?

A

160-325 mg em comprimido mastigado

(Seguido de administração oral diária de 75-162 mg

3
Q

β-Bloq. orais devem ser iniciados nas 1as 24h em doentes que não apresentem:

A
  1. Sinais de IC
  2. Evidências de baixo DC
  3. Risco aumentado de choque cardiogénico
  4. Outras C-I relativas (intervalo PR > 0.24s, BAV 2o ou 3o graus, asma activa, doença reactiva das vias resp.)
4
Q

Contra-indicações absolutas da terapêutica com fibrinolíticos?

A
  1. História de AVC hemorrágico
  2. AVC isquémico no último ano (ou outro evento cérebro-vascular)
  3. PAS > 180 ou PAD > 110mmHg
  4. Suspeita de dissecção aórtica
  5. Hemorragia interna activa (excepto menstruação)
5
Q

V ou F: A idade pode ser contra-indicação para a terapêutica fibrinolítica.

A

Falso.

Apesar de a idade avançada estar associada a maior risco de complicações hemorrágicas, o benefício da terapêutica fibrinolítica nos idosos parece justificar o seu uso se não estiver presente nenhuma outra CI.

6
Q

A fibrinólise deve iniciar-se até quanto tempo após a chegada do doente ao SU (door-to-needle time)?

A

Em menos de 30 min

7
Q

Que alterações devem estar presentes no ECG para que o doente possa ser considerado candidato a terapêutica de reperfusão (fibrinólise e ICP)?

A

ECG:
- Elevação ST>= 2 mm em 2 derivações pré-cordiais adjacentes
+
- Elevação ST>=1 mm em 2 derivações dos membros

8
Q

Que percentagem de doentes poderá desenvolver reperfusão espontânea em menos de 24h?

A

Até 33% (1/3) dos doentes (fibrinolise ou ICP aceleram recanalização

9
Q

V ou F: A gravidez é uma contra-indicação absoluta para a terapêutica fibrinolítica.

V ou F: A história de HTA grave é uma contra-indicação relativa para a terapêutica fibrinolítica.

A

Falso. É uma contra-indicação relativa.

Verdadeiro

10
Q

V ou F: A ICP primária é geralmente preferida à fibrinólise quando os sintomas estão presentes há mais de 2-3h.

A

Verdadeiro. Nesta altura os coágulos são mais maduros e mais dificilmente lisados pelas drogas fibrinolíticas. (pág 1605)

11
Q

Qual o efeito adverso mais comum da estreptoquinase?

A

O efeito adverso mais comum (e mais potencialmente fatal) é a hemorragia

12
Q

V ou F: A taxa de hemorragia intracraniana com tPA ou rPA é ligeiramente superior do que com streptokinase.

A

Verdadeiro.

13
Q

Contra-indicações à terapêutica com B-bloq após EAM-supraST:

A

IC, Disf. VE, BAV, hipotensão ortostática ou asma graves

14
Q

A terapêutica com B-bloq após EAM-supraST é benéfica na maioria dos doentes (incluíndo sob IECAS), excepto:

A
  1. Doentes com C-I (IC, Disf. VE, BAV, hipotensão ortostática ou asma graves)
  2. Doentes com Prognóstico excelente (taxa de mortalidade inferior a 1%/ano)
15
Q

Os IECAS reduzem a mortalidade pós-EAM-supraST. O seu benefício máximo ocorre nos doentes…

A

Doentes de alto risco:

  • Idosos
  • Enfarte da parede anterior
  • Enfarte prévio
  • Disfunção global do VE
16
Q

Em que situações é que os IECAs devem ser mantidos indefinidamente?

A
  • evidência clínica de ICC
  • redução global na função do VE
  • extensa anormalidade regional da motilidade do VE
  • HTA
17
Q

V ou F: O controlo da glicémia em doentes diabéticos com EAM c supra-ST não demonstrou redução na mortalidade

A

Falso. Diminui a mortalidade

18
Q

Relativamente à remodelação ventricular, uma maior dilatação ventricular ocorre em que áreas de enfarte?

A

Uma maior dilatação ocorre após enfarte da parede anterior e do apex do VE, causando maior prejuízo hemodinâmico, mais frequentemente IC e tendo pior prognóstico.

19
Q

V ou F: Enfarte de >=30% do VE geralmente resulta em choque cardiogénico.

A

Falso. >=40%

20
Q

Qual a percentagem de doentes que apresenta choque cardiogénico como apresentação inicial?

A
  • 10%

90% dos doentes com choque cardiogénico desenvolvem-no durante o internamento.
Tipicamente há DAC grave, com envolvimento de múltiplos vasos

21
Q

V ou F: 1/4 dos doentes com EAM inferior apresentam, pelo menos, necrose leve do VD.

A

Falso, é um 1/3.

22
Q

V ou F: As extrassístoles esporádicas e isoladas são complicações pouco frequentes do EAM-supraST que necessitam de tratamento com anti-arrítmicos.

A

Falso.
São pouco frequentes mas ocorrem em quase todos doentes. Não necessitam de tratamento específico.
Tratar apenas as arritmias ventriculares incessantes.

23
Q

Os aneurismas verdadeiros do VE não estão associados a ruptura cardíaca. V ou F?

A

Verdadeiro

24
Q

O que é um pseudoaneurisma?

A

É uma situação rara na qual ruptura miocárdica acaba por ficar contida pelo pericárdio juntamente com um trombo organizado e um hematoma.
Está associado a ruptura espontânea e hematomas organizados.
Deve ser cirurgicamente reparado quando a sua presença é reconhecida.

25
Q

V ou F:

Tamanho do enfarte correlaciona-se com o pico/ concentração máxima de biomarcadores séricos.

A

Falso.
O pico/concentração máxima de biomarcador NÃO SE CORRELACIONA com o tamanho do enfarte.

A quantidade total (área sob a curva) de biomarcadores libertados correlaciona-se com o tamanho do enfarte

26
Q

V ou F: A fibrinólise é uma opção terapêutica no enfarte com supra e no enfarte sem supra.

A

Falso.

Na ausência de supra, fibrinólise não auxilia, existindo evidências de que pode ser prejudicial!

27
Q

Factores clínicos associados a um aumento do RCV após EAM:

A
  1. Isquémia persistente (espontânea/induzida)
  2. F.Ejecção VE inferior a 40%
  3. Fervores acima das bases
  4. Congestão no Rx tórax
  5. Arritmias ventriculares sintomáticas
28
Q

A mortalidade 1 ano após EAM é de __%.

A

15%.

29
Q

25% das mortes relacionadas com EAM ocorrem antes do doente chegar ao hospital. V ou F?

A

Falso. Mais de 50%.

30
Q

A mortalidade intra-hospitalar de EAM diminui de __% para __% na última década.

A

A mortalidade intra-hospitalar de EAM diminui de 10% para 6% na última década.

31
Q

A mortalidade por EAM é __ vezes maior nos idosos (mais de 75 anos).

A

4 vezes.

32
Q

Estenose coronárias graves com progressão lenta não costumam causar EAM com Supra-ST. V ou F?

A

Verdadeiro. Devido a extensa circulação colateral.

33
Q

Como são as placas ateroescleróticas mais suscetíveis a ruptura, relativamente à capsula e conteúdo?

A

Capsula fina e conteúdo lipídico abudante.

34
Q

A trombose das coronárias é a causa mais comum de EAM. Que outras causas estão associadas a EAM, ainda que em menor escala?

A
  • Embolos coronários
  • Anomalias congénitas
  • Espasmo coronário
  • Doenças sistémicas.
35
Q

As doenças do colagénio e cocaína são factores de risco para EAM com supra-ST. V ou F?

A

Verdadeiro.

36
Q

Qual a diferença entre o tipo 1 e tipo 2 de EAM?

A
  • tipo 1 (EAM espontâneo): relacionado com ruptura da placa ateroesclerótica.
  • tipo 2 (EAM devido a desiquilibrio isquemico): espasmo, embolia, anemia, arritmia, hipertensão, etc.
37
Q

No EAM c/ supra-ST parece haver um desencadeante (exercício, stress emocional, doença médica ou cirurgia) em 20% dos casos, ocorrendo mais frequentemente pelo fim da tarde. V ou F?

A

Falso. No EAM c/ supra-ST parece haver um desencadeante (exercício, stress emocional, doença médica ou cirurgia) em 50% dos casos, ocorrendo mais frequentemente pela MANHÃ.

38
Q

No EAM com supra-ST a dor é o sintoma mais comum. Que outros sintomas podem acompanhá-la?

A
  • Fraqueza
  • Sudorese
  • Náuseas/Vómitos
  • Ansiedade
  • Sensação de morte iminente
39
Q

No EAM com supra-ST a dor está invariavelmente presente. V ou F?

A

Falso.

Pode não estar presente, especialmente em idosos e diabéticos.

40
Q

25% dos EAM da parede ______ estão associados a aumento da resposta do SNSimpático (taquicardia/hipertensão), enquanto que 50% dos enfartes da parede _______ estão associados a aumento da resposta do SNParassimpatico (bradicardia/hipotensão).

A

25% dos EAM da parede ANTERIOR estão associados a aumento da resposta do SNSimpático (taquicardia/hipertensão), enquanto que 50% dos enfartes da parede INFERIOR estão associados a aumento da resposta do SNParassimpatico (bradicardia/hipotensão).

41
Q

A maioria dos doentes com EAM transmural tem uma queda na pressão sistólica de ____ mmHg.

A

10-15 mmHg.

42
Q

Quais achados auscultatórios podem ser identificados no exame fisico de EAM com supra-ST?

A
  • S1 hipofonético
  • Desdobramento paradoxal S2
  • S3 e S4
  • Sopro meso/telessistólico apical (insuficiencia mitral)
  • Atrito pericárdico frequente (EAM transmural)
43
Q

No EAM c/ST pode verificar-se um aumento da temperatura (até 38ºC) na 1ª semana pós enfarte. V ou F?

A

Verdadeiro.

44
Q

No EAM c/ST, que duração tem a fase aguda, período de cicatrização e EAM já cicatrizado?

A
  • Fase aguda: horas até 7 dias
  • Período de cicatrização: 7 a 28 dias
  • EAM já cicatrizado: mais de 28 dias.
45
Q

No EAM c/ST,a maioria dos doentes apresenta Ondas Q e só um pequena percentagem não tem ondas Q. Em que situações não se desenvolvem ondas Q?

A
  1. Não ocorre oclusão total
  2. Obstrução transitória
  3. Rede colateral rica
46
Q

O desenvolvimento de Onda Q depende mais da transmuralidade do EAM do que do volume de tecido enfartado. V ou F?

A

Falso. O desenvolvimento de Onda Q depende mais do volume de tecido enfartado do que da transmuralidade do EAM.

47
Q

As troponinas podem ser detectadas em pessoas saudáveis. V ou F?

A

Falso. Não são detectadas em pessoas saudáveis.

48
Q

As troponina I e T, no EAM c/ST mantêm-se elevadas durante quantos dias?

A

7-10 dias.

49
Q

As troponinas são particularmente úteis na suspeita de lesão do músculo esquelético ou EAM pequeno, ainda que a CK-MB as possa detectar. V ou F?

A

Falso. As troponinas são particularmente úteis na suspeita de lesão do músculo esquelético ou EAM pequeno, pois a CK-MB não as consegue detectar.

50
Q

No EAM c/ST devemos esperar pelos biomarcadores para iniciar reperfusão. V ou F?

A

Falso. Não se espera pelos biomarcadores.

51
Q

A CK eleva-se em 4-8 horas e volta ao normal em 24-48h. V ou F?

A

Falso. A CK eleva-se em 4-8 horas e volta ao normal em 48-72h.

52
Q

Um ratio: CKMB/CK actividade superior a 2,5 diagnostica fonte cardíaca. V ou F?

A

Falso. SUGERE fonte cardiaca.

53
Q

Em que situações para além do EAM pode estar a CKMB elevada?

A
  • Miocardite
  • Cirurgia cardíaca
  • Cardioversão elétrica
54
Q

A quantidade total de biomarcadores cardíacos libertados correlaciona-se com a extensão do enfarte. V ou F?

A

Verdadeiro.

55
Q

O pico dos biomarcadores cardíacos correlaciona-se fortemente com a extensão do enfarte. V ou F?

A

Falso

Correlaciona-se fracamente com a extensão do enfarte

56
Q

A reperfusão causa picos mais tardios de biomarcadores cardíacos. V ou F?

A

Falso. Mais precoces por efeito washout da zona enfartada (saturando rapidamente a clearance linfática).

57
Q

Devem ser sempre pedidos a CKMB e troponina simultaneamente. V ou F?

A

Falso. Não é custo-efetivo doseá-las simultaneamente.

58
Q

No EAM c/ST a leucocitose polimorfonuclear tem inicio poucas horas após o início da dor, persistindo por 3-7 dias. V ou F?

A VS sobe mais lentamente que a leucocitose, persistindo por 1-2 semanas. V ou F?

A

Verdadeiro. Verdadeiro.

59
Q

No EAM c/ST estão presentes anormalidades da motilidade ventricular em quase todos os casos. V ou F?

A

Verdadeiro.

No entanto, alterações da motilidade não diferenciam entre EAM e cicatriz miocárdica ou isquémia miocárdica grave

60
Q

Qual a utilidade de estimar a função do VE no EAM c/ST?

A

Define prognóstico e indicações terapêuticas (IECA).

61
Q

No EAM c/ST que complicações podem ser detectadas e quantificadas com o ecodoppler?

A

Ruptura do septo interventricuar e insuficiência mitral.

62
Q

No EAM c/ST, na cintigrafia com radionucleotidos, os marcadores de perfusão distribuem-se proporcionalmente ao fluxo sanguíneo, concentrando-se no miócardio necrosado. V ou F?

A

Falso.

No EAM c/ST, na cintigrafia com radionucleotidos, os marcadores de perfusão distribuem-se proporcionalmente ao fluxo sanguíneo, concentrando-se no miócardio VIÁVEL.

63
Q

Na RM Cardiaca a utilização de gadolineo realça as zonas de enfarte. V ou F?

A

Verdadeiro. No miocárdio saudável não se verifica realce.

64
Q

2 tipos de complicações definem o prognóstico no EAM c/ST. Quais são?

A
  • Complicações mecânicas;

- Complicações elétricas

65
Q

No EAM c/ST a maioria das mortes pré-hospitalares é por fibrilhação ventricular súbita. V ou F?

A

Verdadeiro. Destes, maioria nas primeiras 24h e destes mais de 50% na 1ª hora.

66
Q

Quais são as contra-indicações aos nitratos?

A
  • Hipotensão (PAS inferior 90mmHg);
  • Suspeita de EAM do Ventrículo Direito;
  • Uso de Sildenafil (Inibidor Fosfodiesterase5) nas últimas 24/48h.
67
Q

A hipotensão súbita e profunda que poderá ser provocada pelos nitratos reverte com atropina IV. V ou F?

A

Verdadeiro.

68
Q

Quais os efeitos adversos da morfina?

A
  • Vasodilatação arterial e venosa (diminuindo débito e PA);
  • Efieito vagotónico (bradicardia e bloqueio AV)
  • Náuseas/diaforese.
69
Q

Os BCC podem ser úteis no EAM c/ST. V ou F?

A

Falso. Não existe evidência de beneficio e as dihidropiridinas de curta ação podem estar associadas a aumento de mortalidade.

70
Q

Os glicocorticóides e AINES devem ser evitados no doente com EAM com ST. V ou F?

A

Verdadeiro.

71
Q

A ICP é igualmente eficaz à fibrinólise. V ou F?

A

Falso. A ICP é mais eficaz que a fibrinólise com melhores resultados a curto e longo prazo.

72
Q

A ICP é preferivel à fibrinólise em que situações?

A
  • Diagnóstico duvidoso
  • Choque cardiogénico
  • Alto risco de hemorragia
  • Sintomas com mais de 2-3h
73
Q

Que escala avalia o sucesso da fibrinólise?

A

TIMI grading system:

  • 0 (sem perfusão);
  • 1 (perfusão ligeira);
  • 2 (Perfusão normal c/ fluxo lento);
  • 3 (Perfusão e fluxo normal – leva a diminuição da extensão do enfarte, diminuição da disfunção VE e diminuição mortalidade a curto e longo prazo)
74
Q

A estreptoquinase não deve ser utilizada se usada há mais de 5 dias e há menos de 1 ano. V ou F?

A

Falsa. A estreptoquinase não deve ser utilizada se usada há mais de 5 dias e há menos de 2 anos.

75
Q

Em que situações deve ser feita ICP de resgate (pós fibrinólise)?

A

1) Insucesso de reperfusão com fibrinolise

2) Reoclusão da artéria coronária pós-fibrinólise

76
Q

O AAS reduz o risco relativo de morte em ___% no EAM c/ST.

A

27%.

77
Q

A associação AAS + Clopidogrel reduz o risco de morte, reenfarte e AVC, não evitando contudo a reoclusão de coronária pós-fibrinólise. V ou F?

A

A associação AAS + Clopidogrel reduz o risco de morte, reenfarte e AVC, evitando também a reoclusão de coronária pós-fibrinólise.

78
Q

No EAM c/ST, em que situações está aumentando o risco de tromboembolismo e como deve ser feita a profilaxia?

A
  • EAM da parede anterior
  • Disfunçao grave do VE
  • IC
  • História de embolia
  • Trombo mural no ECO
  • FA

Profilaxia com HNF ou HBPM durante internamento, seguida de varfarina por 3 meses no domicilio.

79
Q

Nos doentes submetidos a fibrinólise, os BB não diminuem a mortalidade. V ou F?

A

Verdadeiro. Apesar de diminuírem reenfarte e FV.

80
Q

Em que condições deve ser considerado o antagonismo da aldosterona?

A

Doses terapêuticas de IECA + FE VE inferior a 40% + ICC sintomática ou DM.

81
Q

No EAM c/ST o magnésio deve ser sempre pesquisado e corrigido. V ou F?

A

Verdadeiro.

82
Q

Se FE VE inferior a 40% devem ser iniciados IECAs ou ARAs independentemente da presença clínica de ICC. V ou F?

A

Verdadeiro.

83
Q

Qual a principal causa de morte hospital de EAM c/ST?

A

Falência da bomba.

84
Q

A pressão venosa central é um bom indicador para a reposição de volume no EAM c/ST. V ou F?

A

Falso. É um indicador INADEQUADO pois reflete o enchimento do VD, e é normalmente a função do VE que está mais afetada.

85
Q

Qual o nível de pressão de enchimento ideal do VE?

A

20 mmHg.

86
Q

No enfarte do VD raramente surge supra-ST nas derivações direitas nas primeiras 24h. V ou F?

A

Falso. No enfarte do VD ondas supra-ST estão frequentemente presentes nas primeiras 24h. Particularmente em V4R!

87
Q

Qual a terapêutica no enfarte do VD?

A
  • Expansão volume (otimização pré-carga)

- Correção função do VE (diminuição da pressão nos capilares pulmonares).

88
Q

Quase todos os doentes com EAM c/ST tem ESV esporádicas e raras que não precisam de terapêutica. V ou F?

A

Verdadeiro.

89
Q

O tratamento profilático antiarritmico não está indicado, podendo mesmo aumentar a mortalidade se feito. V ou F?

A

Verdadeiro.

90
Q

Os BB suprimem ESV. V ou F?

A

Verdadeiro.

Também são eficazes na prevenção da FV

91
Q

Quais as abordagens nas TV e FV com e sem repercussão hemodinâmica?

A

Sem repercussão hemodinâmica:

  • 1ª linha: amiodarona ou procainamida IV
  • 2ª linha: cardioversão elétrica

Com repercussão hemodinâmica:
- 1ª linha: cardioversão elétrica (se refractário - epinefrina ou amiodarona antes de novo choque)

92
Q

Qual é o prognóstico na FV primária vs FV/TV secundária?

A
  • FV primária (nas primeiras 48h e causada pelo processo isquémico, não associada a factores predisponentes): bom prognóstico;
  • FV/TV secundária (após 48h e secundária a falência da bomba): mau prognóstico. Estes doentes devem ser considerados para estudo electrofisiológico e implantação de CDI
93
Q

Ritmo idioventricular acelarado ocorre espontaneamente ou em associação com ICP. V ou F?

A

Falso. Ritmo idioventricular acelarado ocorre espontaneamente ou em associação com fibrinólise.

94
Q

Qual a arritimia supraventricular mais comum no EAM c/ST?

A

Taquicardia Sinusal.

Flutter/FA também são comuns (normalmente secundárias à insuficiência do VE)

95
Q

O ritmo juncional acelerado está relacionado com EAM anterior. V ou F?

A

Falso. EAM infero-posterior.

96
Q

O prognóstico do BAV no EAM anterior é melhor que no BAV por EAM ínfero-posterior. V ou F?

A

Falso. O prognóstico do BAV no EAM anterior é PIOR que no BAV por EAM ínfero-posterior (este último é transitório).

97
Q

A colocação de pacemaker permanente parece reduzir o risco de MS por bradiarritmias a longo prazo em que indivíduos?

A

Doentes com bloqueio bifascicular persistente com BAV de 3º grau transitório na fase aguda.

98
Q

Um episódio de angina recorrente após EAM c/ST está associado a um aumento de ___ vezes na mortalidade, estando indicada ICP imediata (fibrinolise como alternativa).

A

Um episódio de angina recorrente após EAM c/ST está associado a um aumento de 3 vezes na mortalidade, estando indicada ICP imediata (fibrinolise como alternativa).

99
Q

Pericardite pode ser uma complicação de EAM c/ST. V ou F?

A

Verdadeiro. Sobretudo quando EAM envolve o epicárdio.

Dor de pericardite irradia para o trapézio.

100
Q

O tromboembolismo complica o EAM c/ST em ___% dos casos e contribui para a morte em ___%.

A

O tromboembolismo complica o EAM c/ST em 10% dos casos e contribui para a morte em 25%.

101
Q

O tromboembolismo está mais associado a EAM extenso da parede lateral esquerda. V ou F?

A

Falso. Parede anterior.

Também se encontra associado a IC e trombos do VE detectados através de ecografia

102
Q

O ecocardiograma mostra trombos no VE em ____ (fração) dos doentes com EAM da parede anterior.

A

O ecocardiograma mostra trombos no VE em 1/3 dos doentes com EAM da parede anterior.

103
Q

Trombo no VE ou anormalidade da cinética da parede ventricular justificam anticoagulação por 6-12 meses. V ou F?

A

Falso. 3 a 6 meses.

104
Q

V ou F

Doentes com múltiplos factores de risco coronários e com AI incluem-se nos doentes com um risco elevado de desenvolver STEMI

A

V

105
Q

A dor do EAM STEMI é semelhante à da angina de peito, mas normalmente ocorre em __________ (atividade/repouso), é _______ (mais menos) grave e dura _________ (mais/menos) tempo.

A

A dor do EAM STEMI é semelhante à da angina de peito, mas normalmente ocorre em REPOUSO, é mais GRAVE e dura mais TEMPO

106
Q

V ou F

A dor do STEMI pode irradiar até à área occipital, mas não abaixo do umbigo

A

V

107
Q

V ou F

Caso a dor do STEMI se inicie durante esforço físico, normalmente não diminui com a cessação da atividade, ao contrário da angina de peito

A

V

108
Q

A combinação de dor subesternal persistindo durante mais de __ minutos e diaforese é fortemente sugestiva de STEMI

A

30 minutos

109
Q

V ou F

Uma minoria dos doentes que se apresenta inicialmente sem elevação do segmento ST pode desenvolver um enfarte com onda Q

A

V

110
Q

Quais são os testes laboratoriais de valor na confirmação diagnóstica do STEMI?

A
  • ECG
  • Biomarcadores cardíacos
  • Exames de I magem
  • Índices não específicos de necrose e – inflamação teciduais
111
Q

Para o diagnóstico de EAM é necessário uma ____________ e/ou ________________ dos valores dos biomarcadores com pelo menos um valor acima do percentil ___ do limite superior do valor de referência para um indivíduo normal

A

Para o diagnóstico de EAM é necessário uma ELEVAÇÃO e/ou DIMINUIÇÃO dos valores dos biomarcadores com pelo menos um valor acima do percentil 99 do limite superior do valor de referência para um indivíduo normal

112
Q

V ou F

O padrão temporal da libertação do biomarcador de necrose miocárdica não tem importância diagnóstica

A

F

O padrão temporal da libertação do biomarcador de necrose miocárdica tem importância diagnóstica

113
Q

Com a melhoria da capacidade de detecção das troponinas, actualmente consegue-se detetar níveis inferiores a __ ng/L em doentes sem isquémia

A

1 ng/L

114
Q

Quais são os biomarcadores preferidos para o diagnóstico de EAM?

A

Troponinas cardíacas

115
Q

Existe uma importante limitação no que toca à utilização do CK como biomarcador cardíaco. Qual é?

A

Falta de especifidade para o STEMI, já que a CK pode estar elevada com doença do músculo esquelético ou trama, incluindo injeção intramuscular

116
Q

Em doentes com EAM “clássico” que têm necrose suficiente para aumentar os níveis de CKMB, os níveis de troponina aumentam até ___ a ___ vezes acima do limite superior do valor de referência (P99)

A

Em doentes com EAM “clássico” que têm necrose suficiente para aumentar os níveis de CKMB, os níveis de troponina aumentam até 20 a 50 vezes acima do limite superior do valor de referência (P99)

117
Q

V ou F

A cintigrafia de perfusão miocárdica revela um defeito nas primeiras horas após um enfarte transmural na maioria dos doentes

A

V

118
Q

V ou F

As técnicas de medicina nuclear são menos utilizadas que o ecocardiograma, por serem mais trabalhosas e por apresentarem sensibilidade e especificidade baixas em muitas situações clínicas

A

V

119
Q

V ou F

A cintigrafia de perfusão é extremamente sensível e consegue distinguir enfartes agudos de cicatrizes crónicas, sendo assim específica para o diagnóstico de EAM agudo

A

F

A cintigrafia de perfusão é extremamente sensível, MAS NÃO consegue distinguir enfartes agudos de cicatrizes crónicas, sendo assim NÃO específica para o diagnóstico de EAM agudo

120
Q

V ou F

A ventriculografia com radionuclídeo geralmente revela distúrbios da motilidade da parede e redução da fração de ejecção ventricular nos doentes com EAM

A

V

121
Q

V ou F

A ventriculografia com radionuclídeo é não especifica para o diagnóstico de EAM, já que muitas anormalidades cardíacas alteram esta técnica

A

V

122
Q

Quais são os principais objectivos de tempo na resposta a um STEMI?

A

Início sintomas – resposta doente inferior a 5 min

Resposta doente – porta Hospital inferior a 30 min

Porta Hospital - Agulha inferior a 30 min

Porta Hospital - Balão inferior a 90 min

Tempo Isquémico TOTAL inferior a 120 min

123
Q

V ou F

A aspirina é essencial no tratamento dos doentes com suspeição de STEMI, mas apenas é eficaz neste subtipo do espectro de SCA

A

F

A aspirina é essencial no tratamento dos doentes com suspeição de STEMI, sendo eficaz em TODO O espectro de SCA

124
Q

V ou F

A oxigenioterapia tem pouco ou nenhum benefício clínico num doente com um valor de O2 normal

A

V

125
Q

Caso seja necessária oxigenoterapia num doente com STEMI, esta deverá ser feita com O2 a __-__ L/min durante as primeiras __-__h após um EAM, devendo o doente ser reavaliado depois disso.

A

Caso seja necessária oxigenoterapia num doente com STEMI, esta deverá ser feita com O2 a 2-4 L/min durante as primeiras 6-12h após um EAM, devendo o doente ser reavaliado depois disso.

126
Q

V ou F

A nitroglicerina sublingual é um fármaco que pode ser administrado de forma segura à maioria dos doentes com STEMI

A

V

127
Q

Para além de diminuir ou abolir por completo a dor cardíaca, a nitroglicerina pode ser capaz de ___________ (aumentar/diminuir) as necessidades miocárdicas de oxigénio (pela redução da ___-_________) e _____________ (aumento/diminuição) do fornecimento de oxigénio (pela dilatação de vasos coronários e colaterais)

A

Para além de diminuir ou abolir por completo a dor cardíaca, a nitroglicerina pode ser capaz de DIMINUIR as necessidades miocárdicas de oxigénio (pela redução da PRÉ-CARGA) e AUMENTO do fornecimento de oxigénio (pela dilatação de vasos coronários e colaterais)

128
Q

Nos doentes que têm uma resposta inicial favorável à nitroglicerina sublingual, mas que retornam a ter desconforto torácico, nomeadamente por evidência de isquémia no ECG, deve ser considerada a administração de de nitroglicerina…

A

Endovenosa

129
Q

V ou F

A morfina é pouco eficaz enquanto analgésico para o STEMI

A

F

A morfina é MUITO eficaz enquanto analgésico para o STEMI

130
Q

Que doentes são particularmente susceptíveis ao efeito vagotónico da morfina?

A

Doentes com EAM inferior

131
Q

A morfina é normalmente administrada através de injecções intravenosas repetidas, em vez de administrações subcutâneas de grandes quantidades, por que motivo?

A

A absorção pela via subcutânea é imprevisível

132
Q

Quando é que os beta bloqueadores devem ser iniciados nos doentes com STEMI?

A

Devem ser iniciados nas primeiras 24h caso o doente não apresente:

  • Sinais de IC
  • Evidência de um estado de baixo débito
  • Risco aumentado de Choque Cardiogénico
  • Outras contra-indicações relativas ao bloqueio beta (PR > 0,24s, BAV 2º ou 3º grau e Asma ativa ou doença reativa das Vias Aéreas)
133
Q

Os glucocorticoides e os AINEs podem _____________ (aumentar/diminuir) a resistência vascular periférica, podendo potencialmente ___________ (aumentar/reduzir) o fluxo ao miocárdio isquémico

A

Os glucocorticoides e os AINEs podem AUMENTAR a resistência vascular periférica, podendo potencialmente REDUZIR o fluxo ao miocárdio isquémico

134
Q

A zona central do enfarte tem tecidos irremediavelmente ____________, mas a penumbra miocárdica pode ser ________

A

A zona central do enfarte tem tecidos irremediavelmente PERDIDOS, mas a penumbra miocárdica pode ser SALVA, com o restabelecimento atempado da perfusão coronária, redução das necessidades de O2, prevenção da acumulação de metabolitos tóxicos e impedimento do impacto dos mediadores da lesão reperfusional.

135
Q

O que se pode fazer para ampliar a “janela” de tempo de salvação do miocárdio através de estratégias de reperfusão?

A
  • Controlo da Dor
  • Tratamento ICC
  • Atenuação da Taquicardia e Hipertensão
136
Q

V ou F

A ICP tem a vantagem de ser aplicável em doentes com contraindicação à fibrinólise

A

V

137
Q

Qual é o principal objectivo da fibrinólise?

A

É a restauração rápida da patência total das artérias coronárias

138
Q

Quais são os agentes fibrinolíticos que são administrados em bólus, não necessitando de um tempo prolongado de infusão intravenosa?

A
  • Tenecteplase

- Reteplase

139
Q

V ou F

O TIMI frame count e o TIMI myocardial perfusion grade têm uma correlação ainda mais estreita com os desfechos após STEMI, do que o grau de fluxo TIMI mais frequentemente usado

A

V

140
Q

V ou F

Os fibrinolíticos específicos (tPa, rPA, TNK) e o estreptocinase são igualmente eficazes a restaurar a perfusão total, não havendo diferenças no que à sobrevida diz respeito

A

F

Os fibrinolíticos específicos (tPa, rPA, TNK) é MAIS eficaz que o estreptocinase a restaurar a perfusão total, tendo uma LIGEIRA vantagem no que à sobrevida diz respeito

141
Q

Para além da terapêutica fibrinolítica, a reperfusão farmacológica envolve fármacos _______________________ e _____________________ adjuvantes

A

Para além da terapêutica fibrinolítica, a reperfusão farmacológica envolve fármacos ANTIPLAQUETÁRIOS e ANTITROMBÓTICOS adjuvantes

142
Q

Devido ao risco de reacção alérgica, os doentes não devem receber nova dose de estreptoquinase se receberam nos últimos __ dias a __ anos

A

Devido ao risco de reacção alérgica, os doentes não devem receber nova dose de estreptoquinase se receberam nos últimos 5 dias a 2 anos

143
Q

Qual é a complicação mais frequente e potencialmente mais grave da administração dos fibrinolíticos?

A

Hemorragia

144
Q

O AVC hemorrágico é a complicação hemorrágica mais grave da administração da fibrinolíticos, ocorrendo em __-___% dos doentes com estes agentes

A

O AVC hemorrágico é a complicação hemorrágica mais grave da administração da fibrinolíticos, ocorrendo em 0,5-0,9% dos doentes com estes agentes

145
Q

As reacções alérgicas à estreptoquinase ocorrem em ___% dos doentes que recebem o fármaco

A

As reacções alérgicas à estreptoquinase ocorrem em 2% dos doentes que recebem o fármaco

146
Q

A taxa de AVC hemorrágico associado aos fibrinolíticos aumenta com a idade, com os doentes com mais de ___ anos a ter praticamente o _________ (dobro/triplo) da taxa de hemorragia intracraniana dos doentes com menos de 65 anos

A

A taxa de AVC hemorrágico associado aos fibrinolíticos aumenta com a idade, com os doentes com mais de 70 anos a ter praticamente o DOBRO da taxa de hemorragia intracraniana dos doentes com menos de 65 anos

147
Q

Indicações para realização de cateterismo cardíaco e angiografia coronária após terapêutica fibrinolítica

A

1) Falência de reperfusão (dor torácica persistente e supra-ST >90 min) – ICP RESGATE
2) Re‐oclusão coronária (reaparecimento de supra-ST e/ou dor torácica recorrente) ou desenvolvimento de isquémia recorrente (prova de esforço positiva antes da alta e angina recidivante nos primeiros dias após ICP) – ICP URGENTE

148
Q

Quais são os doentes para os quais deverá estar reservada o CABG?

A

Reservada a doentes com anatomia inadequada para ICP, mas em que a revascularização é recomendável por existir uma extensa área de miocárdio sob risco ou Isquémia recorrente

149
Q

Qual a complicação mais séria do tratamento com fibrinolíticos?

A
  • AVC hemorrágico.

Ocorre em 0,5%-0,9% dos doentes tratados com estes agentes.
Taxa aumenta com idade crescente (idade superior a 70 anos).

150
Q

Factores que aumentem o trabalho cardíaco durante as horas iniciais do enfarte podem ______________ (aumentar/diminuir) o tamanho do enfarte

A

Factores que AUMENTEM o trabalho cardíaco durante as horas iniciais do enfarte podem AUMENTAR o tamanho do enfarte

151
Q

Os doentes com STEMI devem estar em repouso absoluto durante as primeiras __-__h, sendo que pelo 3° dia após o enfarte já deverão tentar deambular ____ metros pelo menos 3x dia

A

Os doentes com STEMI devem estar em repouso absoluto durante as primeiras 6-12h, sendo que pelo 3° dia após o enfarte já deverão tentar deambular 185 metros pelo menos 3x dia

152
Q

Devido ao risco de vómitos e aspiração logo após o STEMI, os doentes devem estar em dieta zero ou dieta apenas com líquidos durante as primeiras __-__h

A

Devido ao risco de vómitos e aspiração logo após o STEMI, os doentes devem estar em dieta zero ou dieta apenas com líquidos durante as primeiras 4-12h

153
Q

V ou F

O prasugrel e o ticagrelor são mais eficazes que o clopidogrel nos doentes STEMI submetidos a ICP, estando associados com uma diminuição do risco de hemorragia

A

F

O prasugrel e o ticagrelor são mais eficazes que o clopidogrel nos doentes STEMI submetidos a ICP, estando associados com um AUMENTO do risco de hemorragia

154
Q

V ou F

Os inibidores do receptor Gp IIb/IIIA parecem ser úteis na prevenção de complicações trombóticas em doentes com STEMI submetidos a ICP

A

V

155
Q

Quando é adicionada heparina não fraccionada a um regime de aspirina+estreptoquinase, existe um benefício adicional na mortalidade. V ou F?

A

V

156
Q

Aquando da administração da heparina não fraccionada, o tempo de aPTT deverá ser de ___-___ vezes o valor de controlo.

A

1,5-2x o valor de controlo

157
Q

V ou F

As HBPM têm maior actividade antiXa:IIa

A

V

158
Q

V ou F

Na comparação enoxaparina vs HNF em doentes com STEMI que receberam fibrinólise, a primeira demonstrou reduzir significativamente os resultados compostos de Morte/reenfarte não fatal e Morte/reenfarte não fatal/revascularização urgente

A

V

159
Q

V ou F

A enoxaparina está associada a uma maior taxa de hemorragia grave do que a HNF, pelo que a sua vantagem clínica dilui-se no aumento de efeitos adversos

A

F

A enoxaparina está associada a uma maior taxa de hemorragia grave do que a HNF, mas mesmo assim tem vantagem clínica sobre a HNF

160
Q

V ou F

O fondaparinux é claramente mais eficaz e seguro que a HNF

A

F

A eficácia e segurança do fondaparinux vs HNF são pouco certas

161
Q

A utilização do fondaparinux em isolamento deve ser evitada na angiografia coronária e ICP, devido ao risco de ___________ do cateter

A

A utilizaçãodo fondaparinux em isolamento deve ser evitada na angiografia coronária e ICP, devido ao risco de TROMBOSE do cateter. Deve ser utilizada em combinação com outro anticoagulante com actividade antitrombina (HNF, bivalirudina)

162
Q

Na comparação Bivalirudina vs HNF + Inibidor Gp IIb/IIIa, a primeira revelou ter uma taxa mais _________ (alta/baixa) de hemorragia

A

Na comparação Bivalirudina vs HNF + Inibidor Gp IIb/IIIa, a primeira revelou ter uma taxa mais BAIXA de hemorragia

163
Q

V ou F

A administração aguda de beta bloqueadores num doente com STEMI diminui a incidência de arritmias ventriculares graves

A

V

164
Q

V ou F

Em doentes que são submetidos a fibrinólise logo após o o início da dor torácica, existe uma diminuição da taxa de mortalidade com a administração de beta bloqueadores, bem como uma redução da isquémia recorrente e do reenfarte

A

F

Em doentes que são submetidos a fibrinólise logo após o o início da dor torácica, NÃO existe uma diminuição da taxa de mortalidade com a administração de beta bloqueadores, mas há uma redução da isquémia recorrente e do reenfarte

165
Q

V ou F

Apenas se verifica benefícios da administração de IECAs nos doentes com STEMI de alto risco

A

F

É verificado um benefício a curto prazo na administração de IECAs de forma indiscriminada a todos os doentes com STEMI que se encontram estáveis do ponto de vista hemodinâmico

166
Q

Antes da alta hospitalar, a função do ____ (VE/VD) deve ser avaliada por um exame de imagem

A

Antes da alta hospitalar, a função VE deve ser avaliada por um exame de imagem

167
Q

Que condições contraindicam o bloqueio a longo prazo da aldosterona?

A
  • Disfunção renal significativa (Cr >2,5 nos Homens, >2,0 nas Mulheres)
  • Hipercaliémia (> 5 mEq/L)
168
Q

V ou F

A administração por rotina de antagonistas do cálcio não pode ser recomendada

A

V

169
Q

O controlo rigoroso da glicose nos doentes diabéticos com STEMI demonstrou reduzir a taxa de ________.

A

A taxa de mortalidade

170
Q

V ou F

Não é seguro realizar o toque rectal num doente com STEMI

A

F

É seguro realizar o toque rectal num doente com STEMI

171
Q

V ou F

Logo após o enfarte STEMI, o VE começa a dilatar.

A

Dilatar

172
Q

V ou F

Após o enfarte, existe uma dilatação tanto dos segmentos ventriculares enfartados como os não enfartados

A

V

173
Q

O remodelling ventricular após o STEMI __________ (precede/procede) a clínica da IC em meses a anos

A

O remodelling ventricular após o STEMI PRECEDE a clínica da IC em meses a anos

174
Q

V ou F

A extensão do enfarte correlaciona‐se bem com a gravidade da falência da bomba e mortalidade precoce e tardia

A

V

175
Q

Quais são os sinais clínicos mais comuns de falência da bomba?

A
  • Crepitações

- S3, S4

176
Q

Quais são os achados hemodinâmicos característicos da falência da bomba?

A
  • Aumento da pressão de enchimento do VE

- Aumento da pressão arterial pulmonar

177
Q

A evidência hemodinâmica de disfunção VE global surgem com o comprometimento de __-__% do VE

A

A evidência hemodinâmica de disfunção VE global surgem com o comprometimento de 20-25% do VE

178
Q

Entre os doentes com disfunção ventricular, aqueles que se apresentam com elevação acentuada da pressão enchimento VE e índices cardíacos normais beneficiam da __________ (diurese/expansão de volume), enquanto que os doentes que se apresentam com pressão enchimento VE relativamente baixas + índices cardíacos reduzidos beneficiam de _________________ (diurese/expansão de volume).

A

Entre os doentes com disfunção ventricular, aqueles que se apresentam com elevação acentuada da pressão enchimento VE e índices cardíacos normais beneficiam da DIURESE, enquanto que os doentes que se apresentam com pressão enchimento VE relativamente baixas + índices cardíacos reduzidos beneficiam de EXPANSÃO DE VOLUME

179
Q

O tratamento da IC associada a STEMI é semelhante a outras formas de IC, com a excepção de que não existe benefícios na utilização de ______________ (fármaco) nos doentes com STEMI

A

O tratamento da IC associada a STEMI é semelhante a outras formas de IC, com a excepção de que não existe benefícios na utilização de DIGITÁLICOS nos doentes com STEMI

180
Q

A reperfusão imediata, a terapêutica para diminuir extensão do EAM e a terapêutica para isquémia persistente reduziram a incidência de choque cardiogénico de ___% para ___%

A

A reperfusão imediata, a terapêutica para diminuir extensão do EAM e a terapêutica para isquémia persistente reduziram a incidência de choque cardiogénico de 20% para 7%

181
Q

O cateterismo do coração direito num doente com enfarte do VD muitas vezes mostra um padrão hemodinâmico distintivo que assemelha-se ao de que patologia?

A

Pericardite constritiva

182
Q

O enfarte do VD está associado a sinais clínicos de disfunção do VD, como:

A
  • Engurgitamento jugular
  • Sinal de Kussmaul
  • Hepatomegalia
    (que podem ou não acompanhar-se de hipotensão)
183
Q

V ou F

A grande maioria das mortes decorrentes de arritmia ocorre nas primeiras horas após EAM

A

V

184
Q

V ou F

A terapêutica profilática com antiarrítmicos, como a lidocaína, está indicada em doentes com ESV, mesmo na ausência de taquiarritmias ventriculares importantes

A

F

A terapêutica profilática com antiarrítmicos, como a lidocaína, NÃO está indicada em doentes com ESV na ausência de taquiarritmias ventriculares importantes

185
Q

A hipocaliémia e a hipomagnesémia são factores de risco para a fibrilhação ventricular em doentes com STEMI, devendo ser ajustada a concentração de K para ___ mmol/L e o magnésio para __ mmol/L para reduzir o risco.

A

A hipocaliémia e a hipomagnesémia são factores de risco para a fibrilhação ventricular em doentes com STEMI, devendo ser ajustada a concentração de K para 4.5 mmol/L e o magnésio para 2 mmol/L para reduzir o risco.

186
Q

V ou F

Nas primeiras 24h do STEMI, a taquicardia ventricular e a fibrilhação podem ocorrer sem arritmias de aviso

A

V

187
Q

A ocorrência de fibrilhação ventricular pode ser reduzida com a administração profilática de _________ intravenosa.

A

Lidocaína intravenosa

188
Q

V ou F

A administração profilática de lidocaína demonstrou reduzir a mortalidade global do STEMI

A

F

A administração profilática de lidocaína NÃO demonstrou reduzir a mortalidade global do STEMI. Por esse motivo, a administração de antiarrítmicos profiláticos não é actualmente recomendada

189
Q

A Torsade de Pointes pode ocorrer em doentes com STEMI secundariamente a:

A
  • Hipóxia
  • Hipocaliémia
  • Outros distúrbios eletrolíticos
  • Fármacos (Digoxina, Quinidina)
190
Q

V ou F

A maioria dos doentes com ritmo idioventricular acelerado necessita de tratamento, uma vez que é frequente a degeneração para uma arritmia mais grave

A

F

A maioria dos doentes com ritmo idioventricular acelerado NÃO necessita de tratamento, uma vez que é RARA a degeneração para uma arritmia mais grave

191
Q

Caso a taquicardia sinusal pareça ser consequência de sobrestimulação simpática, deve ser utilizado no tratamento um __________ (fármaco).

A

Beta bloqueador

192
Q

Qual é o tratamento de eleição para uma arritmia supraventricular caso esteja presente IC?

A

Digoxina

Caso não esteja presente IC, poderão ser utilizados β-bloqueadores, verapamil e diltiazem

193
Q

A angiografia e a revascularização não devem ser feitas no espaço de __-__h após a administração de terapêutica fibrinolítica

A

A angiografia e a revascularização não devem ser feitas no espaço de 2-3h após a administração de terapêutica fibrinolítica

194
Q

Indicações para colocação de CDI

A
  • Depressão da função ventricular há pelo menos 40 dias após o STEMI, com:
  • FEVE inferior a 30-40% + NYHA classe II-III
  • FEVE inferior a 30-35% + NYHA classe I
  • Doentes com FEVE >40% NÃO TÊM INDICAÇÃO para CDI
195
Q

Indicações para tratamento da bradicardia sinusal

A

Caso haja compromisso hemodinâmico decorrente da baixa FC, deve ser feito:

1) Atropina (0.5 mg IV) - é o fármaco mais útil para aumentar a FC
2) Pacing se bradicardia persistente (inferior 40 bpm)

196
Q

Que fármaco deverá ser evitado na bradicardia sinusal?

A

Isoproterenol

197
Q

Quais são os doentes com indicação para pacing provisório no STEMI?

A
  • Bradicardia sinusal (FC inferior a 50 bpm) refratária a fármacos
  • BAV 2º grau Mobitz tipo II
  • BAV 3º grau
  • Bloqueio bifascicular
198
Q

Qual é o subgrupo de doentes com STEMI e bloqueio AV com bradicardia que parece responder mal ao pacing ventricular?

A

Doentes com enfarte VD, já que perdem a contribuição auricular para o enchimento ventricular. Estes doente deverão realizar pacing com pacemaker sequencial AV de dupla câmara

199
Q

O pacing parece ser benéfico em doentes com EAM póstero-inferior que têm bloqueio cardíaco completo associado a:

A
  • IC
  • Hipotensão
  • Bradicardia
  • Actividade ventricular ectópica significativa
200
Q

Os êmbolos ____________ (arteriais/pulmonares) originam-se a partir de trombos murais do VE, enquanto que a maioria dos êmbolos _______________ (arteriais/pulmonares) origina-se a partir de veias dos MIs

A

Os êmbolos ARTERIAIS originam-se a partir de trombos murais do VE, enquanto que a maioria dos êmbolos PULMONARES origina-se a partir de veias dos MIs

201
Q

As complicações dos aneurismas do VE normalmente só surgem semanas a meses após o STEMI e incluem:

A
  • IC
  • Embolia arterial
  • Arritmias ventriculares
202
Q

Quais são os aneurismas mais comuns?

A

Aneurismas apicais, sendo também os aneurismas mais fáceis de detectar no exame objectivo

203
Q

Quais são os principais factores de risco associados a risco CV aumentado após STEMI?

A
  • Isquemia persistente (espontânea/induzida)
  • FEVE <40%
  • Crepitações acima das bases pulmonares
  • Congestão no Rx Tórax
  • Arritmias ventriculares sintomáticas
204
Q

V ou F

O reconhecimento de uma depressão da FEVE identifica os doentes que devem receber terapêutica de inibição do SRRA

A

V

205
Q

Quais são os doentes que têm elevado risco de EAM recorrente ou morte por arritmia?

A
  • Angina para pequenos esforços
  • FEVE deprimida
  • Grande defeito reversível na cintigrafia de perfusão
  • Isquémia demonstrável
  • Arritmias ventriculares sintomáticas com o exercício
206
Q

V/F

pode ser realizada uma prova de esforço máximo 1-3 semanas após o EAM.

A

F.

4-6semanas.

Esta prova pode ser feita sozinha ou adicionalmente à anterior, feita antes da alta

207
Q

A habitual duração de um internamento de um STEMI não complicado é de __ dias

A

A habitual duração de um internamento de um STEMI não complicado é de 5 dias

208
Q

O tratamento de longo prazo com aspirina após STEMI está associado a uma redução de ___% do risco de recorrência, AVC ou mortalidade CV

A

O tratamento de longo prazo com aspirina após STEMI está associado a uma redução de 25% do risco de recorrência, AVC ou mortalidade CV

209
Q

O uso crónico de beta bloqueadores orais durante pelo menos ___ anos encontra-se recomendado após um STEMI

A

O uso crónico de beta bloqueadores orais durante pelo menos 2 anos encontra-se recomendado após um STEMI

210
Q

V ou F

Existe evidência de que a varfarina baixa o risco de incidência de reenfarte após STEMI e a mortalidade a longo prazo

A

V

211
Q

V ou F

O maior atraso no tratamento de um doente com STEMI é entre o início da dor e a decisão de procurar ajuda

A

V

212
Q

V/F

Após o EAM, nos doentes estáveis, deve ser feito uma prova de esforço (Submaxima) antes da alta hospitalar, de modo a detetar isquémia residual e ectopia ventricular

A

V

213
Q

V/F

Nos doentes considerados de alto risco de EAM recorrente ou MS pelas provas de esforço feitas (seja antes da alta ou pós-alta), é aconselhavel a realização de um cateterismo e angiografias cardíacos.

A

F

Angiografia e estudo eletrofisiológico

214
Q

V ou F

A utilização de estreptoquinase associa-se a hipotensão ligeira, ocorrendo em 4-10% dos doentes.

A

V

Raramente, poderá ser marcada, em associação com reações alérgicas graves