Doenças clínicas na gravidez Flashcards

(123 cards)

1
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Síndromes hipertensivas da gravidez

Classificação? (5)

A
  1. Pré-eclâmpsia (com ou sem sinais de gravidade);
  2. Eclâmpsia;
  3. Hipertensão crônica;
  4. Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia sobreposta;
  5. Hipertensão gestacional.
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2
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Devemos investigar proteinúria em gestantes com alto risco para lesão renal no __ (1º/2º) trimestre.

A

1º.

Avaliar presença de lesão renal prévia à gestação e obter um valor de referência para eventual descompensação.

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3
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Diagnóstico? (8)

A

PA > 140 x 90 mmHg após 20 semanas e um ou mais dos seguintes critérios:

  1. Proteinúria > 300 mg/24h ou relação proteína/creatinina urinária > 0,3 mg/dL ou proteinúria > +2 na fita reagente;
  2. Contagem de plaquetas < 100.000/mm3;
  3. Creatinina sérica > 1,1 mg/dL ou duplicação da concentração de creatinina na ausência de outra doença renal;
  4. Transaminases hepáticas pelo menos 2x o limite superior;
  5. Edema agudo de pulmão;
  6. Cefaleia de início recente, persistente e não explicada por outros diagnósticos;
  7. Sintomas visuais;
  8. Disfunção útero-placentária.
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4
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

V ou F?

Na pré-eclâmpsia, a proteinúria pode ser um achado tardio, por isso não é fundamental para o diagnóstico.

A

Verdadeiro.

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5
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

O diagnóstico de pré-eclâmpsia só pode ser feito a partir de qual semana gestacional? Explique.

A

Vigésima.

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6
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

A ausência da 2a onda de penetração trofoblástica pode ser rastreada por qual exame?

A

Dopplerfluxometria da artéria uterina.

(↑resistência)

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7
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

V ou F?

Na fisiopatologia da hipertensão gestacional há aumento de tromboxano A2 (vasoconstritor) e de prostaciclina (vasodilatador), bem como maior agregação plaquetária.

A

Falso.

Na fisiopatologia da hipertensão gestacional há aumento de tromboxano A2 (vasoconstritor) e diminuição de prostaciclina (vasodilatador), bem como maior agregação plaquetária.

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8
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

V ou F?

Na pré-eclâmpsia, se o EAS for normal podemos descartar proteinúria.

A

Falso.

Na pré-eclâmpsia, se o EAS for normal não podemos descartar proteinúria. Devemos pedir Urina de 24 horas (padrão-ouro).

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9
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

O tabagismo é um fator ___________ (protetor/de risco) para pré-eclâmpsia.

A

Protetor.

Por que o tabagismo parece “proteger” contra a pré-eclâmpsia?

  1. Efeito vasodilatador da nicotina: a nicotina estimula a produção de óxido nítrico (NO), um potente vasodilatador, o que pode melhorar o fluxo sanguíneo uteroplacentário em alguns casos.
  2. Redução de fatores antiangiogênicos: Na pré-eclâmpsia, há aumento de fatores antiangiogênicos (ex.: sFlt-1) que prejudicam a formação e a função dos vasos placentários. O tabagismo parece reduzir os níveis desses fatores, diminuindo o risco de disfunção placentária.
  3. Menor ativação imunológica: O tabagismo altera a resposta imunológica materna, que desempenha um papel na fisiopatologia da pré-eclâmpsia. A modulação do sistema imune pode contribuir para a menor incidência.

Não fume! :)

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10
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Fatores de risco? (4)

A
  1. Primiparidade;
  2. Vasculopatia prévia (HAS, DM, LES);
  3. Pré-eclâmpsia em gestação anterior;
  4. Exposição excessiva às vilosidades (gemelar, mola).
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11
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Quem é alto risco? (8)

A
  1. Pré-eclâmpsia em gestação anterior;
  2. Lúpus;
  3. Nefropatias;
  4. DM 1 ou 2;
  5. HAS;
  6. Gestação múltipla;
  7. Obesidade;
  8. Reprodução assistida.
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12
Q

PGO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Medicações para prevenção em secundigesta de alto risco? (2)

A
  1. AAS 60-150 mg/dia entre 12 e 16 semanas até 36 semanas;
  2. Cálcio 1 g/dia a partir da 12ª semana até o parto (para todas as gestantes).
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13
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Critérios para proteinúria? (3)

A
  • > 300 mg/24h;
  • Relação proteína/creatinina urinária > 0,3 mg/dL;
  • Proteinúria > +2 na fita reagente.
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14
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

PA > 140 x 90 mmHg após a 20a semana + sem os critérios definidores, pensar em…

A

hipertensão gestacional.

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15
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Quando será classificada como grave? (5)

A

SHEIC

  1. Síndrome HELLP;
  2. Hipertensão com PA > 160 x 110 mmHg (2 aferições);
  3. Edema agudo de pulmão (EAP);
  4. Iminência de eclâmpsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia/dor em barra no HD, ↑reflexos.
  5. Creatinina > 1,2 mg/dL.
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16
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Qual a meta pressórica em pré-eclâmpsia grave ou hipertensão severa (PA > 160/110 mmHg)?

A
  • PAS (pressão arterial sistólica): 140–155 mmHg.
  • PAD (pressão arterial diastólica): 90–100 mmHg.
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17
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Conduta, se leve?

A

Expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais.

(NÃO faz anti-hipertensivos, nem sulfato de magnésio!)

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18
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Conduta, se grave? (3)

A
  1. Interromper se IG > 34 semanas;
  2. Crise: hidralazina IV, labetalol IV, nifedipina VO;
  3. Sulfato de magnésio (iminência, crise e no parto).
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19
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Quando associar o segundo anti-hipertensivo de manutenção?

A

Somente após atingir a dose máxima de metildopa VO.

(adicionar hidralazina ou pindolol)

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20
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Drogas que devem ser evitadas no tratamento da pré-eclâmpsia? (3)

A

DIP

  1. Diuréticos;
  2. IECAs (captopril/enalapril);
  3. Propranolol.
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21
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Por que os diuréticos devem ser evitados?

A

Precipitam hipovolemia e pioram perfusão placentária na gestante que já apresenta contração do volume intravascular.

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22
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

Por que os betabloqueadores devem ser evitados?

A

Risco de CIUR (crescimento intrauterino restrito).

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23
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

Pré-eclâmpsia

O uso de IECA/BRA pode causar o quê no feto? (5)

A
  1. Oligodrâmnia;
  2. Anomalias renais;
  3. Insuficiência renal neonatal;
  4. Hipoplasia pulmonar;
  5. Deficiência intelectual.
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24
Q

GO: Doenças clínicas na gravidez

V ou F?

Os anti-hipertensivos não estão indicados na pré-eclâmpsia com PA > 160 x 110 mmHg, mesmo se grave.

A

Falso.

Os anti-hipertensivos estão sim indicados na pré-eclâmpsia com PA > 160 x 110 mmHg, mesmo se grave.

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25
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** O IECA e o BRA II são contraindicados na gestação com risco de pré-eclâmpsia devido aos riscos maternos, devendo ser suspensos se houver uso prévio.
Falso. ## Footnote O IECA e o BRA II são contraindicados na gestação com risco de pré-eclâmpsia devido aos riscos _fetais_, devendo ser suspensos se houver uso prévio.
26
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** Na pré-eclâmpsia o parto pode ser vaginal, a depender das condições maternas (gravidade, BISHOP) e fetais (sofrimento fetal agudo).
Verdadeiro.
27
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *interrupção da gestação* Se grave e < 34 semanas?
1. Corticoide (betametasona 12 mg IM 2 dias ou dexametasona 6 mg IM 12/12h 2 dias); 2. Se sofrimento fetal: parto.
28
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *interrupção da gestação* Conduta se grave e _>_ 34 semanas?
**Parto**... mas somente após estabilização!
29
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** Na pré-eclâmpsia grave sempre estará indicado o sulfato de magnésio.
Verdadeiro. | (risco de convulsões mesmo após o parto)
30
# GO: Doenças clínicas na gravidez Na pré-eclâmpsia a atividade da antitrombina III estará _______ (aumentada/reduzida).
Reduzida.
31
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** Complicações _maternas_? (4)
**READ** 1. **R**otura hepática; 2. **E**clâmpsia; 3. **A**VC; 4. **D**escolamento prematuro de placenta (DPP).
32
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** Complicações _fetais_? (3)
1. CIUR (crescimento intrauterino restrito); 2. Centralização; 3. Óbito.
33
# GO: Doenças clínicas na gravidez Padrão histológico da lesão renal da pré-eclâmpsia?
Endoteliose capilar glomerular.
34
# GO: Doenças clínicas na gravidez Eclâmpsia
Ocorrência de convulsões generalizadas ou estado de coma em uma mulher com pré-eclâmpsia, sem outra causa neurológica identificável.
35
# GO: Doenças clínicas na gravidez "Eclâmpsia branca"
Apresentação de pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia iminente em que ocorrem sinais neurológicos sugestivos (como cefaleia intensa, distúrbios visuais, ou alterações do estado mental), mas sem a manifestação clássica de convulsões.
36
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Eclâmpsia** Sinais e sintomas de iminência? (4)
**RECE** 1. **R**eflexos aumentados (hiperreflexia); 2. **E**pigastralgia (distensão da cápsula hepática); 3. **C**efaleia (fronto-occipital refratária); 4. **E**scotomas cintilantes, visão turva e diplopia.
37
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Eclâmpsia** Conduta? (3)
1. Interromper após estabilização; 2. Crise: **hidralazina IV**, labetalol IV, nifedipina VO; 3. Sulfato de magnésio .
38
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Eclâmpsia** Quando realizar prevenção?
**PIE** 1. **P**ré-eclâmpsia grave (mesmo se assintomática); 2. **I**minência de eclâmpsia; 3. **E**clâmpsia (sulfatar).
39
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Eclâmpsia** Como realizar prevenção?
**Sulfato de magnésio**, exceto em: pré-eclâmpsia leve, HAS com pré-eclâmpsia sobreposta, hipertensão gestacional e crônica.
40
# GO: Doenças clínicas na gravidez Como é feito o sulfato de magnésio na pré-eclâmpsia grave?
Dose de **ataque** lentamente (20 min) + dose de **manutenção** (IM ou com bomba de infusão).
41
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia grave** Esquema de sulfatar _sem_ bomba de infusão?
**Pritchard:** * Ataque → 4 g IV lento + 10 g IM; * Manutenção → 5 g IM 4/4h.
42
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia grave** *sulfato de magnésio* Esquemas _com_ bomba de infusão?
**Zuspan:** * Ataque → 4 g IV lento; * Manutenção → 1-2 g/h IV em BI. **Sibai (mais recente):** * Ataque → 6 g IV lento; * Manutenção → 2-3 g/h IV em BI.
43
# GO: Doenças clínicas na gravidez O esquema de administração de sulfato de magnésio que não demanda bomba de infusão, sendo usada a via IM, é o _______ (Zuspan/Pritchard), sendo _______ (mais/menos) indicado pelo conforto do paciente.
Pritchard; menos. | "**P**ritchard: **P**ainful (doloroso)" ## Footnote As aplicações IM são extremamente dolorosas.
44
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** Magnesemia terapêutica?
4-7 mEq/L. | (a dosagem é dispensável para o acompanhamento)
45
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *sulfato de magnésio* Conduta, se intoxicação?
Suspender sulfato de magnésio + antídoto (gluconato de cálcio 10 mL a 10% = 1 g).
46
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *sulfato de magnésio* Conduta, se gestante convulsionar?
Repetir com metade da dose de ataque!
47
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *sulfato de magnésio* Sinais de intoxicação?
1. Reflexos profundos ausentes (principal: patelar); 2. FR < 16 irpm (FEBRASGO).
48
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Pré-eclâmpsia** *sulfato de magnésio* Fator que predispõe à intoxicação?
Diurese < 25 mL/h. | (conduta: ajustar a dose do sulfato de magnésio)
49
# GO: Doenças clínicas na gravidez No tratamento da **pré-eclâmpsia grave**, qual a principal doença que contraindica o uso do sulfato de magnésio?
Miastenia Gravis. | "**M**agnésio: **M**iastenia"
50
# GO: Doenças clínicas na gravidez Síndrome HELLP
Gestante com pré-eclâmpsia apresentando hemólise + elevação das enzimas hepáticas + ↓plaquetas.
51
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Síndrome HELLP** Diagnóstico?
1. Hemólise (anemia hemolítica microangiopática): * LDH > 600 U/L; * Bilirrubina total _>_ 1,2 mg/dL; * Esquizócitos. 2. AST (TGO) _>_ 70 U/L; 3. Plaquetopenia (< 100.000/mm³).
52
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** A síndrome HELLP apresenta achados laboratoriais semelhantes à púrpura trombocitopênica trombótica (PTT).
Verdadeiro. ## Footnote Ambas cursam com trombocitopenia e anemia hemolítica microangiopática.
53
# GO: Doenças clínicas na gravidez HAS crônica com pré-eclâmpsia sobreposta
HAS prévia agravada na gestação (após 20 semanas), não necessariamente acompanhada de proteinúria.
54
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS crônica com pré-eclâmpsia sobreposta** Diagnóstico?
Paciente com HAS prévia + critérios de pré-eclâmpsia após 20 semanas.
55
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS crônica com pré-eclâmpsia sobreposta** Conduta? (3)
1. Interromper gestação (se grave); 2. Crise: **hidralazina IV**, labetalol IV, nifedipina VO; 3. Manutenção: alfametildopa VO.
56
# GO: Doenças clínicas na gravidez HAS gestacional
HAS ao final da gestação, sem sinais de pré-eclâmpsia, retornando à normalidade em até _12 semanas_ pós-parto. | "12 semanas: **3** meses: HAS ges**TRÊS**cional"
57
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS gestacional** Diagnóstico?
**Retrospectivo**, devido à normalização da PA no pós-parto + ausência de proteinúria ou complicações.
58
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS gestacional** Conduta?
1. Crise: hidralazina IV, labetalol IV, nifedipina VO; 2. Manutenção: alfametildopa e sulfato de magnésio (dispensáveis se leve ou moderada).
59
# GO: Doenças clínicas na gravidez HAS crônica
HAS prévia à gestação ou antes de 20 semanas, sem proteinúria e que persiste mesmo após 12 semanas de pós-parto.
60
# GO: Doenças clínicas na gravidez Na HAS crônica a paciente normalmente é ______ (multigesta/primigesta), e na pré-eclâmpsia ______ (multigesta/primigesta).
Multigesta; primigesta. | "**P**ré-eclâmpsia: **P**rimigesta"
61
# GO: Doenças clínicas na gravidez Como diferenciar HAS crônica de pré-eclâmpsia em paciente que inicia o pré-natal após a 20a semana?
Calciúria (> 100 mg/dia) na HAS crônica. | "**C**alciúria: **C**rônica"
62
# GO: Doenças clínicas na gravidez Como diferenciar HAS crônica de pré-eclâmpsia no puerpério?
1. HAS crônica: hipertensão persiste no puerpério. 2. Pré-eclâmpsia: PA normalizada em até 6-12 semanas pós-parto.
63
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS crônica** Diagnóstico?
Sem critério de pré-eclâmpsia + sinais sugestivos: 1. Plaquetas, ácido úrico e antitrombina III normais; 2. Ausência de fatores de risco; 3. Calciúria > 100 mg/24h.
64
# GO: Doenças clínicas na gravidez **HAS crônica** Conduta?
Alfametildopa VO para manutenção. | (dispensa sulfato de magnésio)
65
# GO: Doenças clínicas na gravidez A esteatose hepática aguda, normalmente ocorre em qual trimestre gestacional?
3o. | "Es**TRÊS**atose"
66
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Esteatose hepática aguda** Clínica? (4)
1. Náuseas; 2. Vômitos; 3. Dor no hipocôndrio direito; 4. Icterícia.
67
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Esteatose hepática aguda** Achados laboratoriais? (6)
1. ↑Bilirrubina direta; 2. ↑TGO e TGP; 3. Leucocitose; 4. Hipoglicemia; 5. Hipofibrinogenemia; 6. Hiperuricemia.
68
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** A esteatose hepática aguda na grávida apresenta-se de forma branda e, geralmente, não há complicações.
Falso. ## Footnote A esteatose hepática aguda na grávida apresenta-se de forma _muito grave_ e _com complicações_ (insuficiência hepática, renal e morte fetal).
69
# GO: Doenças clínicas na gravidez A esteatose hepática aguda na gestação pode evoluir com... (2)
1. Insuficiência hepática e renal; 2. Morte fetal (devido à acidose materna).
70
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Esteatose hepática aguda** Diagnósticos diferenciais? (3)
1. Síndrome HELLP; 2. Hepatites virais; 3. Hiperêmese.
71
# GO: Doenças clínicas na gravidez Principal causa de icterícia na gravidez?
Hepatites virais. | (realizar sorologias)
72
# GO: Doenças clínicas na gravidez Na esteatose hepática aguda ocorre aumento de bilirrubina ______ (indireta/direta), enquanto na síndrome HELLP se eleva a fração ______ (indireta/direta).
Direta; indireta.
73
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Esteatose hepática aguda** Conduta?
Estabilização + parto.
74
# GO: Doenças clínicas na gravidez Diabetes gestacional (DMG)
Mulher sem diabetes apresentando níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez.
75
# GO: Doenças clínicas na gravidez Mecanismo de passagem da glicose pela placenta?
Difusão facilitada.
76
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional (DMG)** Fatores de risco? (7)
1. Idade _>_ 35 anos; 2. IMC _>_ 30 kg/m²; 3. Diabetes gestacional prévio; 4. História de macrossomia fetal (bebê com peso _>_ 4 kg em gestações anteriores); 5. Síndrome do ovário policístico (SOP); 6. HAS crônica; 7. Na gravidez: ↑peso e suspeita clínica ou USG de crescimento fetal excessivo ou polidramnia.
77
# GO: Doenças clínicas na gravidez **DM gestacional** Critérios laboratoriais?
1. Glicemia de jejum entre 92 e 125 mg/dL na 1a consulta; ou 2. TOTG 75 g entre 24-28 semanas alterado (pelo menos 1): * Jejum: _>_ 92 mg/dL; * 1 hora: _>_ 180 mg/dL; * 2 horas: _>_ 153 mg/dL.
78
# GO: Doenças clínicas na gravidez **DM prévio** Critérios laboratoriais? (4)
1. Glicemia aleatória _>_ 200 mg/dL + sintomas; ou 2. Glicemia 2h após TOTG 75 g _>_ 200 mg/dL; ou 3. Glicemia de jejum _>_ 126 mg/dL; ou 4. Hemoglobina glicada (HbA1c) _>_ 6,5%.
79
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** Segundo o último manual do MS não há obrigatoriedade de repetir a glicemia de jejum na gestação para o diagnóstico de DM prévio.
Verdadeiro.
80
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Exame de rastreio no 1o trimestre?
Glicemia de jejum. | (segundo o MS, colhida na primeira metade da gravidez)
81
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Se glicemia de jejum < 92 devo solicitar...
TOTG 75 g, entre 24-28 semanas.
82
# GO: Doenças clínicas na gravidez Em gestantes com DM prévio, deve-se _______ (iniciar/manter/suspender) hipoglicemiantes orais, e _______ (iniciar/manter/suspender) insulinoterapia.
Suspender; iniciar. ## Footnote Apesar de comprovadamente seguros, o MS _não_ respalda o uso de antidiabéticos orais na gestação.
83
# GO: Doenças clínicas na gravidez Em gestantes com DM prévio, deve-se _______ (reduzir/aumentar) a dose de insulina no 1º trimestre, e _______ (reduzir/aumentar) a dose no 2º e 3º trimestres.
Reduzir; aumentar.
84
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Classificação de Priscilla White?
* Classe A - Diabetes gestacional. A1: controlado apenas com dieta; A2: necessita de insulina ou medicação oral para controle glicêmico; * Classe B - Início _>_ 20 anos de idade, durando < 10 anos; * Classe C - Início entre 10-19 anos de idade **OU** durando entre 10-19 anos; * Classe D - Retinopatia benigna **OU** hipertensão **OU** início < 10 anos de idade **OU** durando _>_ 20 anos; * Classe F - ne**F**ropatia; * Classe R - **R**etinopatia proliferativa; * Classe H - coronariopatia (**H**eart); * Classe T - **T**ransplantado renal.
85
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** A1 e A2 de Priscilla White?
* A1: controlado apenas com dieta; * A2: necessita de insulina ou medicação oral para controle glicêmico.
86
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes na gestação** Principais complicações _fetais_? (7)
1. Malformações (síndrome de regressão caudal é a mais específica; DM prévio); 2. Aborto (DM prévio); 3. Pré-eclâmpsia; 4. Prematuridade; 5. Macrossomia/polidramnia; 6. Distócia de ombro; 7. Morte fetal tardia súbita. | (apenas DM _prévio_ causa malformações e aborto)
87
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Principais complicações _maternas_? (4)
1. HAS/pré-eclâmpsia; 2. ITU; 3. Candidíase; 4. Cetoacidose.
88
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Conduta inicial? (3)
Mudança do estilo de vida (MEV): 1. Dieta fracionada; 2. Atividade física; 3. Monitorizar glicemia. | (suficiente em 90% dos casos)
89
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** Na diabetes gestacional a dieta deve ser praticamente isenta de carboidratos, com aproximadamente 10% do conteúdo calórico advindo de carboidratos.
Falso. ## Footnote Na diabetes gestacional a dieta deve ter _equilíbrio entre os macronutrientes_, com aproximadamente _50%_ do conteúdo calórico advindo de carboidratos.
90
# GO: Doenças clínicas na gravidez No **diabetes gestacional**, quais as metas do controle glicêmico de paciente em tentativa de MEV (dieta fracionada, atividade física, etc)? | (jejum, 1h e 2h)
* Glicemia Jejum < 95 mg/dL; * 1h após refeição < 140 mg/dL; * 2h após refeição < 120 mg/dL.
91
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Quando iniciar _insulina_?
Falha no controle glicêmico com dieta + exercícios por 2 semanas, com média diária \> 110 mg/dL **OU** circunferência abdominal > p75 ao USG (entre 29-33 semanas).
92
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Via de parto?
Decisão obstétrica. ## Footnote Sendo necessário avaliar a permeabilidade da bacia materna e sua proporção com o tamanho fetal. A cesariana está indicada se macrossomia fetal ou vitalidade fetal comprometida.
93
# GO: Doenças clínicas na gravidez No diabetes gestacional é esperado que a dose de insulina necessária _______ (aumente/reduza) com o avançar da gravidez.
Aumente.
94
# GO: Doenças clínicas na gravidez Diabetes gestacional que demanda redução da dose de insulina no último trimestre (ex.: hipoglicemia), pensar em...
Insuficiência placentária. ## Footnote ↓Produção de lactogênio placentário, um hormônio contra-insulínico.
95
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** No puerpério devemos reduzir a dose de insulina para 2/3 da dose usada ao final da gestação ou a mesma usada antes da gestação.
Falso. ## Footnote No puerpério devemos reduzir a dose de insulina para _metade_ da dose usada ao final da gestação ou a mesma usada antes da gestação.
96
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** No puerpério, em pacientes que iniciaram o uso de insulina apenas na gestação, deve-se suspender a insulina e realizar um TOTG 75 g entre 6-12 semanas pós-parto.
Verdadeiro.
97
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Malformação mais _específica_?
Síndrome da regressão caudal. | (somente o DM prévio causa malformações)
98
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Qual exame pedir no puerpério?
TOTG 75 g em 6-12 semanas de puerpério.
99
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Principal complicação intraparto?
**Distócia de espáduas/ombro:** impactação óssea do diâmetro biacromial fetal entre o púbis e o promontório sacral maternos. É uma das emergências obstétricas mais temidas e imprevisíveis do parto.
100
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombros (espáduas)** Manobras? (6)
1. McRoberts; 2. Rubin I; 3. Gaskin; 4. Rotacionais: Woods e Rubin II; 5. Jacquemier; 6. Zavanelli.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez Se a **distócia de ombros** (espáduas) for confirmada, a primeira manobra a ser realizada é a de...
**McRoberts:** aumento do agachamento (na parturiente em posição vertical) ou hiperflexão e abdução das coxas sobre o abdome (parturiente deitada). | (altera o ângulo de saída fetal)
102
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombro** Rubin I?
Pressão suprapúbica realizada por 30 segundos de forma contínua na diagonal, na tentativa de aduzir o ombro anterior. Se insucesso: manter por mais 30 segundos em pulsos (como uma massagem cardíaca).
103
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombro** Gaskin?
Parturiente em quatro apoios. Assistente deve repetir a manobra de tração do polo cefálico para desprendimento, desta vez através do ombro posterior (que estará visível anteriormente em quatro apoios). Resolve 80% dos casos.
104
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombro** Jacquemier?
Exteriorizar o braço posterior do RN, reduzindo o diâmetro biacromial para axilo-acromial.
105
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombro** Zavanelli?
Reintroduzir a cabeça fetal na cavidade uterina para proceder cesárea. Manobra altamente traumática.
106
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombro** Manobras rotacionais?
1. **Rubin II:** Pressão em face escapular do ombro anterior do feto (adução do ombro). 2. **Woods (saca-rolha)**: pressão na face clavicular do ombro posterior do feto com auxílio de 2 dedos, rodando-o 180º.
107
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Distócia de ombros** Manobras proscritas (proibidas)? (2)
1. Kristeller (pressão fúndica uterina); 2. Tração cervical.
108
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Bacteriúria assintomática** Diagnóstico?
_>_ 100.000 UFC/mL, sem sintomas.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez **Bacteriúria assintomática** Conduta?
Antibiótico + urocultura de controle.
110
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Bacteriúria assintomática** Antibióticos mais usados? (3)
**FAN** 1. **F**osfomicina; 2. **A**moxicilina; 3. **N**itrofurantoína.
111
# GO: Doenças clínicas na gravidez Cirurgia não-obstétrica mais comum durante a gestação?
Apendicectomia.
112
# GO: Doenças clínicas na gravidez Anemia mais comum da gestação?
Ferropriva.
113
# GO: Doenças clínicas na gravidez **Hiperêmese gravídica** Medicamento padrão-ouro? E o mais utilizado?
1. Padrão-ouro: Vitamina B6 (piridoxina). 2. Mais usado: Metoclopramida.
114
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** A pielonefrite oligossintomática é comum em gestantes, sendo prevenida com o tratamento das bacteriúrias assintomáticas.
Verdadeiro.
115
# GO: Doenças clínicas na gravidez Antibióticos usados para tratar ITU na gestação? (4)
1. Cefalexina; 2. Nitrofurantoína; 3. Fosfomicina; 4. Amoxicilina. ## Footnote A nitrofurantoína deve ser evitada no 3º trimestre, quando em dose terapêutica, pelo risco de hemólise neonatal.
116
# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** Sempre deve-se solicitar urocultura de controle 1 semana após o tratamento da ITU na gestação.
Verdadeiro.
117
# GO: Doenças clínicas na gravidez Toda pielonefrite em gestantes __________ (demanda/não demanda) internação.
Demanda. ## Footnote Pelo menos começar o tratamento hospitalar, podendo completar o esquema ambulatorialmente.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez Quando indicar antibioticoprofilaxia para ITU na gestação?
1 único episódio de pielonefrite **OU** _>_ 2 episódios de cistite ou bacteriúria assintomática. | (nitrofurantoína 100 mg/dia)
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# GO: Doenças clínicas na gravidez Quando interromper a profilaxia contra ITU na gestação?
No momento do parto. ## Footnote Se profilaxia feita com nitrofurantoína, suspender na 36ª semana.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez Situação em que a profilaxia contra ITU na gestação deve ser mantida após o parto?
Pielonefrite aguda na gestação. | (suspender apenas 2 a 6 semanas após o parto)
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# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** O sulfametoxazol-trimetoprima não deve ser usado no 1º trimestre (↑malformações de tubo neural) e 3º trimestre (↑kernicterus).
Verdadeiro.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez **Diabetes gestacional** Meta da glicemia em jejum? E 1h após as refeições?
* Jejum < 95 mg/dL. * 1h após as refeições < 140 mg/dL.
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# GO: Doenças clínicas na gravidez **V ou F?** A valsartana não é um fármaco seguro para o tratamento da HAS na gestação.
Verdadeiro.